O deputado distrital Wellington Luiz (PMDB), criticou o fato de o Senado caminhar a passos lentos para analisar o processo de impeachment da presidente Dilma e defende que a população brasileira, em especial a do Distrito Federal, deva continuar mobilizada para cobrar dos 81 senadores na mesma intensidade que cobrou dos 513 deputados pelo afastamento da presidente. Serão necessários 41 senadores, de 81, para que Dilma seja afastada do cargo por 180 dias.
país está sangrando e o Senado não pode deixar que o Brasil continue desgovernado e com a sua economia virando pó”, disse o parlamentar neste domingo (24) ao Radar diante da morosidade do rito para a análise do processo de impeachment que já foi aprovado pela Câmara no domingo passado. Wellington Luiz enxerga nos passos lentos do Senado a intenção de esfriar os ânimos dos movimentos populares que pregam o “fora Dilma”.
Para Wellington Luiz, o processo de impeachment conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi rápido e o país assistiu os deputados virarando a madrugada para cantar, na sua maioria, o voto “sim” a favor do afastamento de Dilma. “No Senado, percebe-se um atraso proposital no relógio. Está nas mãos do Senado o tempo de Dilma à frente do país”, aponta o distrital.
Ele disse que o Brasil não sairá da crise econômica se não sair da crise política e avaliou que o destino do país está nas mãos de 81 senadores, entre os quais, os três do Distrito Federal. “Não dá pra ficar em cima do muro ou fazer de conta que não existe um forte sentimento popular que exige mudanças no comando do país”, disse o deputado ao se referir sobre a indecisão do ex-governador do DF e senador Cristovam Buarque (PPS) que patina sem saber se vota contra ou a favor.
O distrital disse ainda que o senador Hélio José (PMDB-DF) só se decidiu a favor do impeachment após ter recebido forte pressão popular. “Na altura do campeonato, o juiz é o povo e que cada senador saiba disso”, afirmou. Ao Radar Wellington Luiz destacou a importância dos blogs e das redes sociais como instrumento de pressão política e de mobilização popular pró-impeachment.
Da Redação Radar