|Por Toni Duarte||RADAR-DF|
Na guerra contra um inimigo perigoso e oculto, que mata milhares de pessoas no mundo, o principal comandante-geral da guerra contra o Covid 19 no Brasil, é o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Milhões de brasileiros, que vivem em estado de quarentena, estão ligados na imagem e na voz sonora do onipresente ministro Mandetta na TV. Ele dá as ordens de ataque a disseminação do vírus pedindo ao povo que permaneça em casa.
O prestígio do ministro da saúde, que até dois meses passados era um senhor desconhecido, tem aumentado gradativamente na opinião popular de norte a sul do país.
Nova pesquisa do Datafolha divulgada ontem, sexta-feira (03/03), mostra que a aprovação dos brasileiros ao Ministério da Saúde, liderado por Luiz Henrique Mandetta, subiu 21 pontos percentuais (p.p).
De 55% na pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 março, o trabalho liderado por Luiz Mandetta saltou para 76%. As entrevistas aconteceram por telefone entre 1º e 3 de abril. O levantamento ouviu 1.511 pessoas e tem margem de erro de três pontos porcentuais.
Nos últimos dias, as atenções da população brasileira e dos veículos de comunicação do país estão voltados para o principal centro de comado de uma batalha cujos números de mortos chegam a 365 pessoas até ontem, e 9.216 infectados no Brasil. A taxa de letalidade no país é de 4%.
Além do mais a pandemia que obrigou a força do trabalho a ficar em casa, pode causar um colapso na saúde e na economia se as medidas restritivas traçadas pelo ministro Mandetta não forem cumpridas.
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de ir contra as recomendações médicas de isolamento, em meio ao avanço do coronavírus, foi reprovada pelo ministro Luiz Mandetta. Ele não recomenda passeios como o de Bolsonaro e enfatizou que as orientações de isolamento devem valer “para todos”.
Ontem, na sua diária aparição na TV, para prestar esclarecimentos à população, no combate ao coronavírus, Mandetta pediu ao povo que siga a orientação dos governadores dos estados.
O ministro estimou que a epidemia do novo coronavírus no país atingirá seu pico entre abril e junho.
“A gente imagina que ela (a quantidade de contágios) vai pegar velocidade e subir na próxima semana ou 10 dias. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho”, afirmou durante o balanço feito ontem. Mandetta disse ainda que a queda acentuada nos casos ocorrerá a partir de setembro.
Mandetta alertou que, se as medidas necessárias não forem tomadas, o sistema de saúde brasileiro poderá entrar em colapso no final de abril, mas descartou que isso aconteceria se as autoridades federais, regionais e a população não trabalharem juntos.
O comandante-geral da guerra contra o Covid 19 no Brasil acredita que a união do povo brasileiro, em torno das medidas de distanciamento social, pode salvar 38,6 milhões de vidas. O país marcha em torno de Mandetta.