Áreas de prédios de secretarias e autarquias do governo do Distrito Federal passarão por uma varredura completa para acabar com o mosquito da dengue que vem apavorando servidores e os chefes do primeiro e segundo escalão do governo. Na lista das varreduras estão também incluídas áreas verdes do Buriti e do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Ninguém quer ser picado pelo aedes aegypti que já matou 16 pessoas esse ano no DF
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF divulgado na última terça-feira, revela que foram registradas 19.812 notificações de dengue no Distrito Federal. O número é 12 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 1.676 casos.
Só esse ano 16 pessoas morreram com a doença. A situação é tão crítica que as cercanias dos prédios de repartições públicas do governo passarão por vistorias das equipes de combate ao mosquito.
As varreduras preventivas começarão pelas áreas do prédio onde o secretário de saúde Osnei Okumoto despacha na Asa Norte e pelas áreas do Palácio do Buriti onde fica o gabinete do chefe do Executivo.
No DF, ninguém está a salvo de uma picada do mosquito aedes aegypti, segundo informa as autoridades epidemiológicas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mesmo com a aproximação do período seco por causa da baixa umidade do ar.
As larvas que se reproduziram durante as chuvas, ganharam asas e ferrões prontos para atacar suas vítimas, principalmente em cidades como Planaltina, Ceilândia e São Sebastião.
As recepções dos hospitais do DF lotam e só não sai gente pelo ladrão por causa do “bate-e-volta” de pacientes com dengue e outras enfermidades que preferem ficar em casa mesmo.
As autoridades alertam que é fundamental o empenho de todos na guerra de combate ao mosquito. No entanto, a situação piora e o bicho leva vantagem por incapacidade dos combatentes oficiais.
O carro do “fumacê”, que lança inseticida pelas ruas para combater a proliferação do mosquito da dengue, deixou de circular na semana passada. Não há prazo para a retomada dos serviços.
O fumacê foi interrompido porque o galpão onde a mistura era preparada em Taguatinga Norte, está sendo reformado.
O local foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho por encontrar uma série de irregularidades. O produto era feito de forma improvisada, no fundo de uma garagem.
Visão do Radar sobre a batalha perdida contra a dengue
A farmacêutica e sub-secretária de Vigilância da Saúde, Elanes Morello que comanda a pasta mais rica da saúde com um orçamento anual gigantesco não sabe o que fazer com o dinheiro.
A Vigilância a Saúde é o braço preventivo da saúde no Estado.
Sob o comando de Elanes Morello estão: Diretoria de Vigilância Ambiental que cuida de doenças endêmicas; Diretoria de Vigilância Epidemiológica que faz o monitoramento dos indicadores, funcionando como uma espécie de serviço de inteligência da saúde e o Laboratório Central que já foi o melhor do país e agora é o último.
O que mais chama a atenção é o montante de recursos para a Vigilância Ambiental.
Dos R$ 947.599,00, embora devidamente autorizados pelo Fundo de Saúde do DF, no entanto, do inicio do ano até agora, nenhum tostão foi gasto e nem empenhado em ações contra a dengue ou outras edemias como zika, chikungunya, H1N1 e agora caxumba que vem metendo a cara por aqui.
Ou seja: recurso tem e não estão usando. Uma pergunta que não quer calar:
Se o dinheiro está disponível e a dengue está matando, quando e onde irão usar esses recursos?
Na visão do Radar se tudo isso funcionasse não haveria tanta gente morrendo com dengue no DF. O fato é que a dengue fugiu do controle e o monitoramento falhou.
Por muito menos o governador já chegou a demitir diretores de hospitais como ocorreu recentemente em um hospital de sobradinho onde uma pessoa foi a óbito por falta de atendimento.
No cenário da dengue a situação é dramática e pode aumentar nos próximos 30 dias o número de mortes provocadas pelo mosquito e pela incapacidade do Estado no combate a dengue.
Até mesmo o secretário de saúde Okumoto, que é farmacêutico e ex-chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, não está imune as picadas do aedes aegypti. Te cuida japonês!
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