O que o governador Rodrigo Rollemberg estaria escondendo ao pedir pressa na realização da audiência pública que está ocorrendo neste sábado na Segth, mesmo tendo sido suspensa pelo Ministério Público do Distrito Federal?
m processo que deveria ser do amplo conhecimento da população, por meio de exaustivas campanhas publicitárias durante 60 dias, no entanto, as audiências públicas para debater a elaboração da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), vêm sendo feitas de forma camuflada e as escondidas onde a maioria da plateia trata-se de servidores do próprio governo ou por empregados de empresários interessados em alguns benefícios futuros.
É o que acontece nesta manhã de sábado (17), em um estacionamento no Setor Comercial Sul, local escolhido pela Secretaria de Gestão do Território e Habitação para decidir o texto final da Lei Complementar do Uso e Ocupação do Solo que vai definir como será usado as áreas das regiões administrativas mais cara e cobiçada do DF: Lago Sul e Lago Norte.
A maior mina de ouro do DF, na visão dos técnicos da Secretaria de Habitação, da Terracap e dos donos de cartórios de imóveis de Brasília é a terra e os espaços nela a serem ocupados.
No inicio do mês, do alto da tribuna do estádio Mané Garrincha, o governador Rodrigo Rollemberg discursou para uma seleta plateia ao lançar o Plano Orla Livre que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de grandes negócios no pedaço mais caro do Lago Sul, no trecho compreendido entre a QL-8 e a QL-12 (Península dos Ministros).
Quem vai tocar tudo isso seria o dono da Natura, Guilherme Leal, um dos financiadores da campanha do governador, candidato a vice-presidente da República na chapa de Marina Silva em 214 e um dos fundadores do Partido Rede de Sustentabilidade. A ocupação e uso do solo no Lago Sul e do Lago Norte, bairros totalmente residenciais sofreram mudanças radicais de interesse do governo.
Na segunda-feira (12), o procurador Distrital do Direito do Cidadão, Antonio Ezequiel de Araújo considerou que não houve a efetiva e satisfatória participação da população interessada na discussão do projeto de lei Complementar do Uso e Ocupação do Solo que deve ser enviada à Câmara Legislativa até março de 2017.
Os elementos de provas exibidos ao Ministério Público pelas entidades representativas dos moradores do Lago Sul, indicam que o GDF, por meio da SEGTH, criou pontos falsos que permite a alteração dos resultados dos debates.
Diante disso, o MP decidiu mandar suspender a audiência pública deste sábado, mas o governador Rodrigo Rollemberg determinou que o seu secretário de Gestão e Habitação, Thiago Andrade mantivesse a reunião. A população quer saber agora quem manda em quem.
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