O movimento no DF está sendo capitaneado pelo deputado distrital Raimundo Ribeiro e conta com nomes como o da ex-governadora Maria de Lurdes Abadia e do ex-deputado federal e ex-candidato a governador Luiz Pitiman. A maioria dos 25 mil filiados da legenda local não aceita a permanência do deputado federal Izalci Lucas como “interventor” e exige eleições já.
luta pela realização de eleições para o comando do PSDB no Distrito Federal, voltou a reacender com força total no meio do tucanato local com a proposta de criação do “Movimento PSDB Democrático” dentro dos mesmos moldes como ocorreu no Rio Grande do Sul, em que um grupo de lideranças tucanas se opôs contra a intervenção golpista, interrompendo o processo eleitoral do partido naquele Estado.
O deputado Raimundo Ribeiro disparou convites ao ninho tucano do DF convocando as principais lideranças para uma reunião preparatória marcada para esta terça-feira (10), a partir das 19 horas, no auditório da Câmara Legislativa, com vistas aos preparativos para a implementação do PSDB DEMOCRÁTICO.
O ninho tucano brasiliense sofreu intervenção da Executiva Nacional do PSDB em agosto deste ano quando a cúpula do partido, sem qualquer justificativa, decidiu pelo nome do deputado federal Izalci Lucas para presidir a legenda, mesmo tendo o grupo do deputado distrital Raimundo Ribeiro vencido as eleições em todas as zonais do partido no Distrito Federal.
Os efeitos do racha interno do PSDB local, segundo seus líderes, estão dificultando na articulação do partido visando às eleições de 2018. Segundo Ribeiro, o “Movimento PSDB Democrático” tem o objetivo de dar a segurança jurídica aos postulantes na disputa eleitoral, bem como restabelecer a democracia interna do partido.
“Queremos empreender uma luta ideológica, concreta dentro do PSDB contra os vários fenômenos indesejáveis que se contrapõem ao espírito da Social Democracia inspirada por Mario Covas e Franco Montoro, que não queriam um partido fisiológico”. Portanto, a luta interna no Partido é absolutamente necessária e não pode ser evitada”, afirmou Ribeiro.
O deputado tucano apontou que a autocrítica feita pelo movimento não têm como fito de enfraquecer a organização, a coesão, a disciplina e o prestígio do PSDB ou de obstruir o progresso de seu trabalho. “Pelo contrário, têm por objetivo fortalecer a organização e a coesão de nosso Partido, aumentar a sua disciplina e o seu prestígio e acelerar o progresso de seu trabalho. Tudo isso, só tem resultado dentro de uma democracia plena”, apontou.
A intervenção ocorrida contra PSDB do DF, na visão do parlamentar, foi um equivoco e revela que a Executiva Nacional não está antenada do que verdadeiramente ocorre nos diretórios estaduais ao tomar decisões com base em informações distorcidas.
Para o líder tucano, a intervenção causou um enorme prejuízo partidário e um desestímulo a militância construída com muito sacrifício. Ribeiro afirmou que o seu trabalho a frente do PSDB local, elevou de 11 mil para 25 mil filiados que de forma coesa desejam lutar contra a corrupção e por mudanças no comando do País.
“Para retomar a iniciativa, organizar a resistência e a mobilização popular na luta por um país melhor, mais do que nunca é necessário à unidade partidária, sem golpes e sem intervenções”, afirmou Raimundo Ribeiro.
Da Redação Radar