Há dois anos que um PET Scan, usado para diagnósticos de câncer, está se deteriorando dentro de um caixote alojado nos corredores do Hospital de Base de Brasília. “Essa é uma das mazelas praticadas pelo governo contra o Sistema de Saúde Pública do DF e contra a sua população”, denunciou o presidente do Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia do DF (SINTTAR-DF), Ubiratan Gonçalves Ferreira, durante entrevista a uma emissora de rádio ao anunciar a greve da categoria que poderá ocorre ainda esta semana.
O moderno equipamento foi comprado em 2013, mas até agora não funciona e que a culpa é do governo passado por não ter adaptado uma sala, segundo já informou a Secretaria de Saúde. O presidente do Sinttar-DF, Ubiratan Gonçalves explicou que os profissionais da radiologia irão entrar em greve porque o Governo de Brasília não paga as horas extras e está sucateando os equipamentos que apodrecem nos corredores dos hospitais.
O dirigente sindical denunciou que o GDF prefere manter o pernicioso esquema para favorecer o bolso dos empresários da saúde do que fazer a manutenção dos 52 mil equipamentos que a rede de saúde pública dispõe. Ele denunciou ainda, que um valioso tomógrafo top de linha que poderia continuar salvando muitas vidas foi colocada em um galpão para o lado do Riacho Fundo e agora retonou para ser jogado nos corredores do Hospital de Base.
“Hoje, o cidadão que procurar o Hospital de Base para fazer uma ressonância magnética ou não faz ou é encaminhado aos hospitais da rede privada, isso porque os equipamentos estão quebrados por falta de contrato de manutenção”, apontou.
Ubiratan disse que um exame com o Pet Scan, um dos equipamentos mais modernos para diagnóstico e acompanhamento de câncer do país, chega a custar na rede privada R$ 4.000. Estes exames são muito indicados em casos de suspeita de câncer, para análise do estado de um tumor, para avaliação de eficácia de tratamento, para planejar uma radioterapia, para avaliar corações que já tenham sofrido infartos, para avaliar demências e também a função cerebral em detalhes. “O mais grave de tudo isso é que o Ministério Público não toma providencias e deixa o governo prevaricar naquilo que esta fazendo”, afirmou.
Ele anunciou que os profissionais da radiologia aprovaram no inicio de agosto o indicativo de greve e podem parar completamente as atividades caso o governo não pague as horas extras que deve há 90 dias. Com isso, a população em tratamento não poderá fazer radioterapia, medicina nuclear e outros exames da área.
Da Redação Radar