Quase meio milhão de alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal deixaram as salas de aulas nesta manhã de quarta-feira (03), por falta de professores.
A categoria, que há dois anos está recebendo o salário, sem trabalhar, por conta da pandemia, resolveu cruzar os braços contra a retomada das aulas presenciais, estabelecida pelo governo do Distrito Federal.
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A greve política foi convocada pela diretora do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa, pré-candidata ao Buriti pelo PT, nas eleições do próximo ano.
Em nome dos professores da rede pública, que há mais de dois anos se encontram totalmente imunizados contra a covid 19, no entanto, o sindicato usa a pandemia para não retornar ao trabalho.
Diferente da rede de ensino particular, que se encontra desde o ano passado com as aulas presenciais, os professores da rede pública contribuem para empurrar para o fundo do poço, o futuro de 460 mil alunos pobres e vulneráveis do DF.
A Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF) anunciou ser contra a greve dos professores decretada hoje.
A entidades entende que os alunos têm direito à educação como única maneira de ter uma vida livre da pobreza.
“Ninguém tem o direito de negar a eles uma educação pública de qualidade. Por isso, somos favoráveis que a educação seja considerada essencial, para que situações dessas não ocorram à revelia da comunidade de alunos”, disse em nota a Aspa-DF.
A Secretaria de Educação do DF, disse que os pontos dos professores faltosos será cortado e que as aulas presenciais vão continuar conforme o decreto do governador Ibaneis Rocha.