Mesmo já pagando IPTU, cujo valor chega a 30 milhões por ano recolhidos pelo GDF, os moradores dos 25 condomínios do Setor Habitacional Tororó estão sendo obrigados a pagar o caro projeto de macrodrenagem de todo o bairro, se quiserem receber a regularização dos parcelamentos onde moram.
Pela regra do processo de regularização cabe aos moradores bancar apenas os projetos de seus condomínios na forma individual de cada parcelamento. No caso do bairro, a responsabilidade é do Poder Público.
A obrigação de realizar projetos como esses é do Governo, através da NOVACAP. No entanto, a Secretaria de Habitação e Urbanismo do GDF (SEDHAB) e a Secretaria de Regularização de Condomínios (SERCOND) impuseram à comunidade a obrigação de pagar pelo projeto de macrodrenagem do futuro bairro os dez mil moradores de condomínios já existentes na região.
Mesmo já pagando IPTU, cujo valor chega a 30 milhões por ano recolhidos pelo GDF, os moradores dos 25 condomínios do Setor Habitacional Tororó estão sendo obrigados a pagar o caro projeto de macrodrenagem de todo o bairro, se quiserem receber a regularização dos parcelamentos onde moram.
Pela regra do processo de regularização cabe aos moradores bancar apenas os projetos de seus condomínios na forma individual de cada parcelamento. No caso do bairro, a responsabilidade é do Poder Público.
A obrigação de realizar projetos como esses é do Governo, através da NOVACAP. No entanto, a Secretaria de Habitação e Urbanismo do GDF (SEDHAB) e a Secretaria de Regularização de Condomínios (SERCOND) impuseram à comunidade a obrigação de pagar pelo projeto de macrodrenagem do futuro bairro os dez mil moradores de condomínios já existentes na região.
Em 2011, os mesmos moradores foram obrigados pelo Governo a pagar o projeto Ambiental de todo o bairro, que custou R$1.300 milhão, obrigação que também deveria ser do GDF.
A Associação dos Empreendedores do Tororó (AETOR), que tem o interesse imobiliário de transformar o bairro numa cidade para comportar 900 mil pessoas (embora a lei que criou o Tororó em 2002 permita apenas um contingente de 45 mil pessoas), contratou uma empresa para realizar o projeto de macrodrenagem, ao custo de 900 mil reais, que serão pagos em 30 parcelas de 30 mil reais.
O projeto deveria ser desenvolvido pela NOVACAP. Grande parte dos condomínios se nega a rachar a conta. Por causa disso, o processo de regularização dos referidos parcelamentos fica engavetado na SEDHAB e na SERCOND, por ordem de Agnelo Queiroz e de Geraldo Magela. Apesar de recolher muito dinheiro através do IPTU, o GDF nunca fez um benefício ao Tororó.
Composto por 25 condomínios horizontais, bem como centenas de chácaras, o bairro Tororó nos últimos 20 anos nunca recebeu um benefício do GDF, embora no orçamento participativo o nome do bairro apareça como beneficiado. O retrato do descaso está por todos os lados.
Ligado à Região Administrativa de Santa Maria, apesar de estar distante dela exatos 50 quilômetros, o bairro sofre pela falta de assistência que deveria ter. Iluminação publica só dentro dos condomínios, estrutura bancada pelos próprios moradores e doada para a CEB, que cobra a conta dos doadores e não dá manutenção.
É uma constante a falta de energia elétrica na região. Fora dos muros dos condomínios, não há um braço sequer de luz nos postes. A escuridão ao longo da Diogo Machado, principal corredor rodoviário do bairro, bem como nas dezenas de transversais que levam aos condomínios e chácaras, é um convite para os costumeiros assaltos a mão armada.
A população sabe que desse Governo não pode esperar nada mais. A alternativa que resta a todos é mudar nas urnas. O “fora Agnelo” é um sentimento há muito tempo enraizado por lá.
ELIANA PEDROSA ANUNCIA CANDIDATURA A DEPUTADA FEDERAL
Após sofrer perseguição violenta dentro do seu próprio partido (PPS), a deputada distrital Eliana Pedrosa anunciou que será candidata a uma vaga na Câmara Federal. Eliana foi sacaneada por Roberto Freire, presidente nacional do PPS, ao mandar destituir a parlamentar do cargo de presidente do diretório regional do Partido no Distrito Federal. Uma agressão sem tamanho.
O motivo foi à parceria política feita por Eliana Pedrosa ao se aliar ao PR, partido de José Roberto Arruda. A Distrital seria a vice na chapa do ex-governador, que concorre novamente ao Buriti. Eliana até tentou reverter a situação judicialmente, mas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, vetou, nesta sexta-feira, 04/07, a candidatura na chapa formada pelo ex-governador Arruda.
Com essa decisão, a alternativa de Eliana Pedrosa foi a de concorrer como candidata a Deputada Federal. A deputada tem muito prestigio dentro dos condomínios horizontais do Distrito Federal por ser uma defensora da regularização.
O TACANHO ROBERTO FREIRE
Dizem que Roberto Freire trava uma briga pessoal contra Arruda. Mas todo o mundo sabe que, durante o governo de Jose Roberto Arruda, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que posa de pai da moralidade, foi durante muito tempo membro do Conselho Administrativo da TERRACAP. Mesmo morando em Pernambuco, Freire abocanhou mais de R$132 mil como integrante do Conselho Administrativo da TERRACAP sem trabalhar. Por causa das faltas foi dispensado.
“Paladino” da moral e dos bons “costumes”, como se autodefine, Roberto Freire tem aposentadoria integral como deputado. Ganhou fama de “honesto”, mas tem um cargo em São Paulo, conselheiro dum trem qualquer, onde recebe doze mil por mês, à guisa de uma reunião por mês, emprego ofertado pelo PSDB. O tacanho dono do PPS é assim: primeiro os interesses dele. Usa o PPS para se dar bem.
OS VOTOS DOS CONDOMÍNIOS
Os mais de 500 condomínios horizontais do Distrito Federal, que abrigam um terço da população de todo o DF, têm forte peso político eleitoral e poder para influenciar no voto a eleição de um candidato a governador.
Não há duvidas de que esse segmento populacional, composto por mais de 600 mil moradores, anda às turras com o atual Governador Agnelo Queiroz, que, em 2010, prometeu regularizar os condomínios e termina o seu mandato, daqui a seis meses, sem cumprir o que disse. Neste mais de três anos e meio o governo de Agnelo não regularizou um condomínio de áreas especificas passiveis de regularização. Pelo contrario: mandou derrubar e continua fazendo isso, já que as operações neste sentido serão intensificadas a partir do próximo dia 16.
Não há nenhuma dúvida, também, de que o candidato a governador Rodrigo Rollemberg (PSB), como deputado distrital, deputado federal e senador da República sempre passou longe do real problema que aflige milhares de moradores de condomínios, que convivem com a insegurança jurídica de suas moradias. Ele sempre tratou da regularização do setor rural, já que é produtor, mas nunca dos condomínios das áreas urbanas do DF.
Resta a todos, como opção, o ex-governador José Roberto Arruda, também candidato ao Buriti, visto por moradores e lideranças representativas do setor como quem mais avançou na regularização, no curto período de seu governo.
Uma coisa é certa: ganha esses milhares de votos dos eleitores dos condomínios horizontais do DF, quem tiver propostas e compromisso capaz de cumprir com essa população. Agnelo já é carta fora do baralho.
