O deputado Alberto Fraga tem razão ao afirmar que Rollemberg nasceu com aquilo pra lua por se eleger a base da conversa fiada a governador na última eleição, mas atraiu o azar por não ter equipe e nem estar preparado para governar o Distrito Federa. Por causa da má gestão, o Governo de Brasília pode dar o calote, a partir de novembro, em 210 mil servidores públicos da ativa, aposentados e pensionistas.
O motivo da saída do secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, que pediu exoneração do cargo no final de agosto, não foi por causa de nenhum suposto compromisso dele de ficar à frente da pasta apenas os primeiros meses da atual gestão como justificou depois o governador Rodrigo Rollemberg.
O motivo foi outro. Em novembro proximo, a atarantada equipe econômica do governo não sabe o que fazer diante da falta de dinheiro para pagar servidores, mesmo tendo arrochado nos impostos no inicio do ano.
Em maio passado Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou que o GDF pague os reajustes a 32 carreiras do serviço público do Executivo local. O Ministério Público do DF até que tentou dar uma forcinha ao Governo de Brasília arguindo a inconstitucionalidade do reajuste, mas o relator do processo, o desembargador Humberto Ulhôa, se opôs ao pedido.
Com impacto de R$ 855 milhões neste ano e R$ 1,86 bilhão em 2016, os reajustes aumentam o desafio do atrapalhado Governo de Brasília que chora pelos cantos sem saber a onde buscar o dinheiro para pagar o que manda a lei, a não ser que conte com a Câmara Legislativa para aprovar o conjunto de propostas que visam ampliar a receita. Mas, para isso, Rollemberg tem que ter pelo menos a maioria dos 24 distritais para aprovar os chamados pacotes de maldades contra o povo. Aí, o governo vai ter que abrir as penas com cargos. É assim.
Da Redação Radar