Oitenta e um dias do governo Rollemberg o “novo” se rende ao “velho”. Ou seja: a teoria se rende à prática.
Faltando menos de três semanas para completar os 100 dias do “governo geração Brasília”, o governador Rodrigo Rollemberg já não fala mais do suposto rombo de R$ 6 milhões deixados pelo aloprado governo de Agnelo Queiroz, e mergulha na tradicional e “velha política” para pedir conselhos ao ex-governador Joaquim Roriz e o auxilio ao também ex-governador Jose Roberto Arruda, a Jofran Frejat e ao ex-senador Gim Argello.
Quem acompanha o governo Rollemberg desde a posse, em 1º de janeiro deste ano, acreditava que o governador faria diferente diante do que dizia a cada entrevista na TV, no rádio e nos jornais, com o seu choque de gestão planejado por sua equipe de “notáveis e apenas teóricos”.
Oitenta e um dias do governo Rollemberg o “novo” se rende ao “velho”. Ou seja: a teoria se rende à prática.
Faltando menos de três semanas para completar os 100 dias do “governo geração Brasília”, o governador Rodrigo Rollemberg já não fala mais do suposto rombo de R$ 6 milhões deixados pelo aloprado governo de Agnelo Queiroz, e mergulha na tradicional e “velha política” para pedir conselhos ao ex-governador Joaquim Roriz e o auxilio ao também ex-governador Jose Roberto Arruda, a Jofran Frejat e ao ex-senador Gim Argello.
Quem acompanha o governo Rollemberg desde a posse, em 1º de janeiro deste ano, acreditava que o governador faria diferente diante do que dizia a cada entrevista na TV, no rádio e nos jornais, com o seu choque de gestão planejado por sua equipe de “notáveis e apenas teóricos”.
Desde os conselhos dados pelo ex-governador Roriz de que “se governa é olhando para frente” que o novo governante do Distrito Federal segue à risca os ensinamentos do velho cacique. Rollemberg e o chefe da Casa Civil Helio Doyle foram recebidos com pão de queijo recém-saído do forno e cafezinho na casa do ex-governador no Park Way.
O conselho de Arraes
Foi lá que Rollemberg revelou um conselho dado a ele por Miguel Arraes, ícone do PSB, ao lhe aconselhar certa vez, a nunca xingar a gestão de um ex-governador por muito tempo.
Parar com o saturado discurso do suposto “rombo” dado por Agnelo foi à primeira medida tomada por Rodrigo Rollemberg. Afinal, o discurso da terra arrasada foi necessário no inicio para cortar comissionados, enfiar de goela abaixo o aumento dos impostos na já bastante sacrificada população e ver se “colava” a proposta do pagamento parcelado dos salários, o que não prosperou devido à reação dos servidores
A “economia de palito” que faria com a redução das administrações regionais de 31 para 24 também foi melhor deixar de lado, já que as cidades afetadas reagiram contrárias ao Projeto de Lei 182/2015, o qual os 24 deputados rejeitaram sua aprovação para não trazer para o Legislativo o pesado ônus da revolta popular.
Mordomias de Chefe de Estado e os encantos da Corte
Até mesmo a mordomia da residência oficial do GDF em Águas Claras , não é mais assunto a se comentar dentro do governo. Rollemberg está gostando e usufruindo do novo e saudável ambiente, cuja reforma custou R$ 1,750 milhão ao bolso do contribuinte. E melhor: foi feito no finalzinho da gestão do ex-governador Agnelo Queiroz e não no seu governo.
Outra maravilha que encanta qualquer governante, mesmo aqueles que acreditam fazer o novo é o uso do helicóptero que serve o gabinete numero 1º do Buriti. No governo passado o brinquedinho ia além das viagens de cunho oficiais para também servir, em nome da mobilidade, a ex- primeira-dama, ora para buscar o seu cabeleireiro ou manicure, ora para trazer amigos, às vezes até para comprar algo de especial que não se encontrava no paraíso do ex-governador e de sua família.
No trilho do “toma lá, dá cá”
Em uma coisa o governador Rodrigo Rollemberg caiu em si, segundo os analíticos críticos do seu governo: ele não tem equipe capacitada para tocar e fazer um governo diferente como pregava antes de sua eleição.
Os secretários são quase todos técnicos apenas, dez deles com atuação como professores, numa média de idade baixíssima: 47,6 anos. Há uma excessiva predominância acadêmica no governo, com muita gente oriunda da Universidade de Brasília (UnB).
Na prática, o governo ainda não mostrou a que veio. A saúde continua no mesmo caos do governo anterior embora à primeira medida tomada por Rollemberg tenha sido a de decretar estado de emergência para o setor. A política de transportes continua com as mesmas feridas de sempre com um sistema que só atende mesmo aos interesses dos donos das linhas de ônibus. A conclusão é que o GDF tem um governador, mas lhe falta equipe.
A caneta que usou para nomear nos últimos 81 dias, teve que usar da mesma tinta para exonerar auxiliares por incompetência ou por desvios de conduta, como parece ser o caso de alguns servidores da saúde e o da administração regional do Guará. Talvez, por isso, o governador tomou a decisão de ouvir conselhos de quem entende.
Enfim, o governo começa a entrar no trilho do toma lá, dá cá, destino natural que leva todos aqueles que não chegaram lá sozinhos.
Da Redação Radar
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