Ao participar da quarta sabatina do ano 2019, realizada pelo “Parlamento Popular” da cidade de São Sebastião, o presidente da Caesb, Fernando Leite, ficou impressionado com depoimentos relatados por lideranças das comunidades que foram obrigadas a recorrerem a justiça pelo direito de ter água potável. Fernando Leite garantiu que a meta do governador Ibaneis Rocha é de servir todo o DF com 100% de água tratada e 100% de esgoto coletado. O Parlamento Popular é um fórum de debates composto por lideranças comunitárias da Região de São Sebastião, organizado pelo Radar-DF
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Nas presenças dos Administradores Regionais, Alan Valim de São Sebastião e de João Lóssio do Jardim Botânico, ambos presentes na sabatina do Parlamento Popular, ocorrida no último sábado (09/02), O presidente da CAESB – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, Fernando Leite, garantiu:
“Ninguém vai mais precisar entrar na justiça pelo sagrado direito de ter água tratada em casa”.
A posição do presidente da Caesb se deu após ouvir a reclamação de Sidnéia Sousa, prefeita comunitária da Vila do Boa, de que as 300 famílias da sua comunidade lutam desde 2012 para pagar a conta da água, mas que o governo se nega regularizar a situação ignorando uma decisão do Tribunal de Justiça.
E não é apenas na Vila do Boa que pessoas lutam para sair da clandestinidade do consumo de água ou de energia elétrica que causam prejuízo ao Estado. O problema se espalha em grande parte do Distrito Federal.
Em São Sebastião, além do Vila do Boa, a situação incomoda parte dos bairros como Morro da Cruz, Capão Comprido e Zumbi dos Palmares.
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Durante a campanha eleitoral, o governador Ibaneis Rocha se comprometeu tirar a população da clandestinidade. Além de prometer regularizar as áreas onde moram mais de 70 mil pessoas que precisam ter a segurança jurídica de suas casas, o emedebista garantiu também que o povo de São Sebastião teria água, luz, e obras estruturantes que visam melhorar a qualidade de vida da população.
O compromisso de Ibaneis Rocha foi reiterado por Fernando Leite ao afirmar que ninguém no DF vai precisar buscar na justiça o sagrado direito de ter água potável.
“Quando a Caesb deixa de servir as comunidades com água e coleta de esgoto, termina por alimentar o uso clandestino de água causando prejuízos aos que pagam pela conta, além de que a falta de esgoto coloca em risco a saúde da população e consequentemente mais gente doente nos hospitais “, explicou Fernando Leite.
Ele afirmou que ao contrário de outros governos, o governador Ibaneis Rocha tem vontade política de fazer o melhor pelo DF e de fazer um governo voltado para os que mais precisam do Estado.
Fernando Leite afirmou que os maiores parceiros do governo Ibaneis são as comunidades do DF, principalmente as mais carentes como as que estão em São Sebastião.
“Ao chegar mais uma vez como presidente da Caesb me apresentaram uma lista com mais de 50 mil ligações de água clandestina que alimentam mais de 200 mil pessoas. O nosso desafio é resolver a questão e colocar todos na legalidade”, disse.
Para resolver a questão, segundo ele, o segredo é a parceria e a boa relação que a Caesb do governo Ibaneis terá com as comunidades. Fernando Leite sustenta que o confronto não resolve nada.
No entanto, ele apontou que é preciso as comunidades se organizarem e que é preciso separar o que é passível de regularização do que não é passível de ser regularizado e para que tudo seja feito dentro da lei, a Caesb está trabalhando de forma conjunta com o Ministério Público.
“Na minha visão é obrigação da Caesb levar água e tratamento de esgoto para 100% da população. É um direito que está na Constituição, a mesma que também garante que ninguém tem o direito de invadir áreas públicas ou cometer crime ambiental”, afirmou.
Ao final da sabatina, Fernando Leite conclamou as comunidades de São Sebastião que ajude o governo nesse tipo de fiscalização. Existem comunidades que se formaram com ruas estreitas sem a mínima possibilidade de passar o carro da CEB, o carro de Bombeiros, ambulâncias ou para receber obras de drenagem.
“Só quem pode fazer isso com muita propriedade e competência, para não deixar que isso ocorra, são os próprios moradores que buscam a legalização de suas comunidades. A Caesb quer ser parceira de São Sebastião e ninguém ficará sem água e esgoto nesta cidade”, garantiu.