O empresário e quadrilheiro Joesley Batista, dono da Friboi, em delação premiada, disse ter recorrido à corrupção, com farta distribuição de subornos , transformados como doações de campanhas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para obter vantagens em seus negócios no governo federal e em vários estados. No DF, a Friboi, que doou uma bolada no valor de R$ 852.831,70 para a campanha de Rollemberg em 2014, exigiu em troca a continuidade do tratamento vip no governo e o pagamento de um contrato no valor de R$ 14.224.216,80 liquidados pelo governo de Brasília no inicio de 2015
máxima de que “não existe almoço de graça” voltou a ser aplicada ao que disseram Joesley Batista e Ricardo Saud, dono e diretor da JBS/Friboi, respectivamente, durante delação premiada que fizeram na Procuradoria-Geral da República.
Na lista do empresário corrupto, dono da Friboi, que ganhou salvo-conduto das “autoridades” para viver com a família nos Estado Unidos, disse ter repassado R$ 15 milhões ao Presidente Michel Temer (PMDB), US$ 50 milhões para o Lula (PT) e US$ 30 milhões para a sucessora Dilma Rousseff (PT).
Já o diretor da empresa afirmou ter distribuído farta propinas no valor total de R$ 600 milhões a título de “doação de campanha” para 1.829 candidatos a cargos eletivos em 2014.
No caso do DF as propinas da Friboi abarrotaram os caixas de campanha do PT de Agnelo Queiroz e do PSB de Rodrigo Rollemberg para continuar com contratos de venda de carne para a Secretaria de Educação independente de quem fosse o governador.
A JBS S/A, deu à campanha de Rollemberg um total R$ 852.831,70, em várias doações miúdas. A maior foi de R$ 450 mil, dados diretamente ao CNPJ da candidatura. No acordo feito entre empresa e o candidato era de que sendo eleito mantivesse os seus polpudos contratos com o GDF, pela venda de carne para a Secretaria de Educação.
Desde 2011 a até a presente data a JBS domina as licitações para o abastecimento de carne e frangos para a pasta. O tratamento diferenciado até hoje é mantido, conforme demonstrado no site http://sigabrasilia.df.gov.br/.
Guilherme Leal, dono da empresa natura também é outro que absorve a máxima de que “não existe almoço de graça”. Em 2014 o dono da empresa de cosméticos, como pessoa física, injetou R$ 200 mil na campanha do governador. Em contrapartida, pela ajuda, o Governo de Brasília resolveu fazer um mimo ao empresário concedendo isenção fiscal de quatrocentos milhões de reais à Natura.
Outro privilégio que está sendo preparado para cair no colo da Natura é o projeto Orla Livre que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de grandes negócios no pedaço mais caro do Lago Sul, no trecho compreendido entre a QL-8 e a QL-12 (Península dos Ministros).
O Radar procurou o governo de Brasília para falar sobre as doações recebidas em 2014 oferecidos pela JBS que disse, de forma generalizada, ser um ato de “suborno”, mas não teve sucesso. Presume-se que Rollemberg daria a seguinte resposta: “Reafirmamos que os atos praticados em nossa campanha foram realizados absolutamente dentro da lei e com dinheiro limpo.”
É o que todos dizem.
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