Duas graves denuncias foram repassadas ao SindSaúde na manhã de hoje (21) que trata da falta de cateter central de inserção periférica, insumo essencial à sobrevida dos recém-nascidos internados em UTI neonatal.
Com informações do Portal Sindsaúde
No memorando SEI 177/2018 (clique aqui para acessar), o chefe do Núcleo de Farmácia Hospitalar do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) alerta os gestores responsáveis pelo abastecimento e decisões estratégicas que o material em tela está em falta e sem processo central de aquisição para o mesmo.
Informa ainda a inviabilidade de continuar suprindo o estoque com o uso do Programa de Descentralização Progressiva de Ações da Saúde – PDPAS ( verba destinada a pequenas compras, de forma descentralizada, limitada a R$ 8 mil por item).
O documento é datado de 07/06/2018. Procuramos a Secretara de Saúde (SES) para saber quais as providências foram tomadas e não obtivemos resposta da assessoria de comunicação da Pasta.
“Isso é infanticídio! Onde estão os gestores que se escondem enquanto até a vida de bebes estão relegadas ao abandono? Onde estão as autoridades judiciárias e de Controle do Distrito Federal? Onde está o governador e seu secretário de Saúde?”, questiona a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. E emenda, “a omissão na saúde é, talvez um dos mais graves tipos de corrupção ou conduta criminosa porque ela mata!”.
Seringas para febre amarela e outras doenças também estão com estoque baixo
Além dos cateteres, a mesma fonte denunciou que os estoques de seringa de 1ml, usadas para aplicação de vacinas contra febre amarela, tríplice viral e outras, tem cerca de apenas 500 unidades na Rede de Frio da SES.
Em documento SEI memo 28/2018 (clique aqui para acessar), enviado pela Gerência de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, está informado que a empresa responsável pela entrega dos materiais, que deveria ter ocorrido no dia 09/06/2018, não o fez e nem deu qualquer explicação ou previsão para a falta.
Causa muita preocupação essa situação, pois a própria gerência técnica avisa que o consumo mensal dessas seringas é de 32 mil por mês. Logo, o estoque atual não daria para quase nada e comprometeria a imunização nas unidades de saúde.
Também não houve respostas da SES, acerca das denúncias que estão devidamente documentadas.
O SindSaúde irá representar no Ministério Público contra essa omissão, cada vez mais recorrente na gestão da saúde do DF.