Conforme relatório da Fundação Getulio Vargas (FGV), a economia brasileira cresceu 0,3% de dezembro de 2024 para janeiro deste ano. De novembro para dezembro, a expansão tinha sido de 0,5%.
A constatação de desaceleração faz parte do Monitor do PIB, estudo mensal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. Os dados fazem estimativas sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), indicador do conjunto de todos os bens e serviços produzidos.
Os dados são comparados em períodos diferentes. O levantamento mostra que, em janeiro de 2025, a economia apresentou expansão de 2,5% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o crescimento do país é de 3,2%.
“A elevação da incerteza externa, aliada à alta taxa de juros interna com tendência de aumento ao longo do ano, sinalizam dificuldades de crescimento dos setores mais relacionados ao ciclo econômico, como o industrial e o de investimentos”, ressalta a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece.
Um dos fatores que ajuda a desacelerar a economia brasileira é a taxa básica de juros, a Selic, que determina o patamar básico de juros no país. Quando está alta, é a principal ferramenta de política monetária do Banco Central (BC) para o controle da inflação.
Atualmente, a taxa está em 13,25% ao ano, e há a expectativa de mais um aumento nesta semana, quando acontece a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
Para demonstrar a perda de ritmo da economia, o estudo da FGV mostra o comportamento do consumo das famílias, que subiu 2,6% no trimestre móvel terminado em janeiro.
O Monitor do PIB aponta também que a taxa de variação da Formação Bruta de Capital Fixo, indicador que reflete o nível de investimento, como compras de máquinas e equipamentos, cresceu 8,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2025.