Os administradores regionais de todas as Regiões Administrativas (RAs) do Distrito Federal se reuniram, na noite desta terça-feira (18/02), para montar um cronograma de atividades nas cidades para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Cinco ações foram elencadas como urgentes: levantamento das paradas de ônibus que precisam de limpeza, de imóveis abandonados, de sucatas nas ruas, o manejo do lixo e a montagem de tendas para atendimento aos doentes.
Por determinação do vice-governador do DF, Paco Britto, os administradores deverão mapear suas cidades e, com esses dados, partir para a força-tarefa com órgãos competentes para cada ação.
Desde 24 de janeiro o DF está em situação de emergência de saúde pública, por tempo indeterminado, em razão da ameaça de epidemia de dengue e outras doenças.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, em 2020, até a última semana de janeiro, foram registrados 1.419 casos da doença no DF, com um óbito.
Cada administração vai, a partir de agora, mapear todas as paradas de ônibus das cidades para saber se há acúmulo de água na parte de cima delas – o que pode servir de criadouro para a larva do mosquito. Muitas delas podem estar acumulando folhas e lixo.
O vice-governador determinou que a Secretaria de Transportes e Mobilidade e a Novacap devem ser acionadas para realizar as obras necessária nos abrigos. “Estamos em guerra contra o mosquito e é preciso engajamento diário nas cidades para vencermos”, lembrou.
Os imóveis abandonados que se encontrarem fechados também serão mapeados e, nos próximos dias, o Governo do Distrito Federal (GDF) prevê a reedição de um decreto de 2007 para que, após realizada a limpeza por parte do governo, os donos das residências sejam notificados e paguem os custos da operação.
Dados da Saúde apontam que 92% dos focos do mosquito Aedes aegypti se encontram nos quintais das casas.
Por sugestão do secretário de Cidades, Fernando Leite, os administradores também devem buscar ajuda com a sociedade civil organizada para a mobilização de toda a cidade. “Rotary, igrejas e demais instituições devem estar juntos nesta guerra”, afirmou.
Uma Sala de Crise será montada com a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar do DF, a partir do próximo dia 27 de fevereiro, no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A ideia é reunir, em um só lugar, todos os mapeamentos feitos pelas administrações nas RAs e as ações que estão sendo realizadas em cada cidade, com números atualizados de atendimentos a pacientes nos quase 100 salas de hidratação montadas pela Secretaria de Saúde em todas as cidades do DF.