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Decisão judicial pode desempregar 80 mil pessoas e levar a falência bares, restaurantes, salões e academias no DF

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Cerca de 80 mil trabalhadores podem perder de vez seus postos de trabalho devido a uma decisão judicial proferida pela 3ª Vara Federal Cível do DF no último sábado (20). O GDF vai recorrer.

Se o GDF não conseguir reverter a decisão, centenas de bares, restaurantes, salões de beleza e academias podem entrar em estado de falência, segundo prevê os representantes dos referidos segmentos.

A ansiedade de trabalhadores e donos de bares, restaurantes, salões de beleza e academia de ginásticas vai continuar por mais tempo caso o GDF não consiga derrubar a decisão da 3ª Vara Federal Cível do DF.

A decisão foi em atendimento ao  pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF).

A medida impede que ocorra a reabertura gradual dos referidos segmentos comerciais que estava marcada para ocorrer a partir da próxima quinta-feira (25).

As empresas que empregam mais de 80 mil pessoas não tem mais forças para continuar de portas fechadas como nos últimos 90 dias por causa da pandemia. Cerca de 30 mil trabalhadores já foram desligados.

Muitos empresários, principalmente do ramo de restaurantes, bares e academias já abandonaram as atividades definitivamente. Se o bloqueio continuar por mais tempo a falência para o setor, com enormes prejuízos, será inevitável.

Na outra ponta centenas  de trabalhadores  já sentem  dificuldades de se colocar no mercado de trabalho cada vez menor e disputado no Distrito Federal.

Em nota, as entidades representativas reagiram neste domingo (21) contra a decisão judicial. Confira a nota na íntegra:

Em defesa da retomada segura dos setores de comércio e serviços do DF

O setor produtivo brasiliense espera que a Justiça reconsidere a suspensão da retomada das atividades de alguns segmentos do comércio.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF-1) desconsidera o compromisso dos empreendedores com protocolos de segurança debatidos com as entidades produtivas e formulados e aprovados junto com as autoridades sanitárias.

É preciso reforçar que, como o Judiciário, a principal preocupação do comércio também é com a preservação da vida. Por isso, a nossa intenção é de promover uma retomada segura das atividades econômicas.

Não podemos ameaçar a população, assim como não podemos perder milhares de empresas e empregos que estão em situação cada vez mais crítica.

Até o momento, o fechamento dos bares e restaurantes, segmento mais atingido, já produziu 30 mil trabalhadores desempregados e um prejuízo de R$ 750 milhões podendo atingir R$ 1,8 bi.

Uma projeção sobre as notas fiscais emitidas revela que os empresários na área de vestuário vão perder no semestre R$ 1,5 bilhão e o de combustível, outros R$ 6 bilhões.

Assim como são enormes os prejuízos nos segmentos de academias de ginástica e salões de beleza, que estão há 3 meses sem funcionar.

A contabilidade das famílias atingidas apresenta uma estimativa de 82 mil desempregos no comércio de Brasília e a enorme cifra de R$ 1,4 bilhão na diminuição de recursos do ICMS e ISS do governo do GDF.

Todos chegam à fronteira do desespero. Empresários falindo, trabalhadores sem emprego e milhares de mortos sendo velados.

O Governo do Distrito Federal acompanha essa crise com sensibilidade para cuidar dos doentes ao mesmo tempo que estuda a diminuição do isolamento, assistido pelo aconselhamento rigoroso de médicos e técnicos em pesquisa, que geram protocolos de conduta avalizados pelas instituições da Saúde.

A Justiça tem arbitrado o comportamento do comércio em desacordo com as instruções do GDF, com impacto direto em segmentos cuja liberação estavam em negociação.

Por isso, repudiamos o que se mostra uma interferência equivocada na autonomia administrativa do Executivo local.

O convite à reflexão e reconsiderações significam um gesto de bom senso e grandeza.

No final desse pesadelo que todos vivemos, haverá de reinar um sentimento real de Justiça e respeito ao Estado Democrático de Direito, livre concorrência econômica e equilíbrio entre os Poderes“.

Confira as entidades que assinam a nota de repúdio:

1. Abrasel-DF
2. Sindhobar-DF
3. Fecomércio-DF
4. ADVB
5. Brasília Convention Bureau
6. ABIH-DF
7. Sindilab-DF
8. CDL
9. Sindivarejista
10. Agenciauto-DF
11. Sinfor
12. ABAV-DF
13. Sindetur-DF
14- Simbeleza
15. SECHOSC
16. ACDF (Associação Comercial do Distrito Federal)
17- Secovi-DF
18 – Sindicondomínio-DF
19 – SCAAB
20 – Sindimac-DF
21 – Sescon-DF
22 – Fape-DF
23 – Sindicombustíveis-DF
24 – Sindeventos-DF
25- Sindsuper
26- Asbra
27 – Sindigêneros-DF
28 – Sindercon

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