O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) concedeu, até maio deste ano, 5.216 medidas protetivas de urgência, total ou parcial. No ano passado, foram 11.082, e 9.004, em 2020.
Das vítimas de feminicídio em 2022, no Distrito Federal, ao menos 64% das mulheres haviam sofrido alguma violência anterior ao assassinato.
Um exemplo disso, é Patrícia Rufino, de 40 anos, que foi morta a golpes pelo ex-companheiro no Itapoã, no último sábado (17). A vítima já tinha medidas protetivas contra o ex-marido.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o criminoso usou uma pia para atingir a cabeça da mulher. Os dois viviam juntos havia há 19 anos e, durante esse período, tiveram quatro filhos. Uma criança de 11 anos e outra de 9 presenciaram o crime.
Patrícia, que trabalhava como brigadista e socorrista, foi encontrada na cozinha da casa com o rosto desfigurado. Cleiton foi preso em flagrante e, durante audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva.
Patrícia havia denunciado o companheiro em janeiro de 2018, por agressão. Ela também relatou na época que já tinha sido agredida por ele outras vezes.
E ela também já tinha registrado uma denúncia contra o homem em 2009 e 2015. Além de agressor, Cleiton também tem histórico de uso de drogas, lesão corporal e porte de arma de fogo.
Até o momento, o Distrito Federal registrou 14 feminicídios este ano. Dessas vítimas, 9 já tinha sofrido algum tipo de ameaça ou agressão. 17 mulheres perderam a vida pelo crime, no mesmo período de 2021.