O ASSUNTO É

DÁ PRA CONFIAR EM SINDICATO? CATEGORIAS NÃO RECEBERÃO REAJUSTES, LEVARAM PORRADA DA POLÍCIA E AINDA TERÃO QUE PAGAR MULTAS

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GREVEPROFESSORO que aconteceu no meio das “negociações” isoladas entre representantes das categorias de servidores públicos do DF e o governador Rodrigo Rollemberg durante os dias de greves por causa do não pagamento dos reajustes estabelecidos em lei, só Deus sabe.

                                                     

LETRA Na sala de “acertos” instalada em um apartamento da Asa Sul de Brasília, acordos foram feitos para por fim a greve com data estabelecida e anunciada como algo certo pelo próprio governador para acontecer na ultima sexta-feira. Foi o que aconteceu.

Médicos e professores retornaram ao trabalho sem receber absolutamente nada, a não ser porrada da polícia, pontos cortados pelos dias não trabalhados e multas gigantescas impostas pela justiça. E os sindicalistas? Dúvidas param sobre muitos dos “dirigentes ad eternum`s”.

Grupos de professores que participavam do último protesto na porta do palácio do Buriti não concordavam pelo fim da greve e desconfiavam da ocorrência de “pelegagem” envolvendo diretores do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores).

A mesma desconfiança de trairagem surgiu em meio aos médicos, apesar de o presidente do Sindmédicos-DF, Gutemberg Fialho, filiado ao PSB de Rodrigo Rollemberg, ter sido acusado pelo governo pelas supostas ameaças de sabotagem contra o já combalido sistema de saúde pública do Distrito Federal, caso a categoria voltasse ao trabalho sem nada.

A categoria voltou sem nada e o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, desistiu da abertura de sindicância para apurar as declarações e a conduta do presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho.

A greve dos médicos foi decretada no dia 8 de outubro, depois de o governador Rodrigo Rollemberg anunciar a suspensão, por um ano, do pagamento dos reajustes salariais a 32 categorias do funcionalismo público que haviam sido acordados na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz.

O mesmo aconteceu com os professores que também cruzaram os braços pelos mesmos motivos. Com a saúde e a educação nas ruas, outras categorias aderiram ao movimento paredista.

A greve foi considerada ilegal pela Justiça que estabeleceu multas diárias que chegaram a R$400 mil. O governo também publicou decreto do corte do ponto dos faltosos ao trabalho. Também foi feito um violento marketing midiático para colocar a sofrida população que padecia e vai continuar padecendo por falta de atendimento nos hospitais públicos, contra a “malvada e oportunista” categoria médica.

Todo santo dia a televisão mostrava que centenas de crianças e adolescentes estavam sendo prejudicados por falta de aula nas escolas públicas e que a máxima culpa era dos “arruaceiros professores”.

O governo também teve como aliado o Ministério Público e a Câmara Legislativa com o seu papel figurante de intermediar negociações que mais pendiam para o encerramento das greves do que exigir o cumprimento dos reajustes estabelecido em lei aprovada pela mesma Câmara. Até deputados que se alto intitulam como “oposicionistas” se renderam a turma do “puxadinho” do Buriti, que hoje se tornou maioria, permanecendo em silencio sepulcral do que estava acontecendo nas ruas.

Nestes quase 32 dias de greve das duas maiores categorias de servidores públicos do governo do Distrito Federal chega-se a esta conclusão: a certeza de que a população foi a mais prejudicada e os próprios servidores que são usados como massa de manobra de movimentos em que só alguns ganham favorecimentos políticos.

Da Redação Radar

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