Os agricultores que forem pegos captando água irregularmente no DF , para fins econômicos, poderão receber advertência, multa e obstrução dos poços. Porém, a mesma regra não se aplica para o haras dos Rollemberg que desvia água de um córrego que desemboca no Lago Paranoá e ameace uma Área de Preservação Permanente (APP) entre o Park Way, Riacho Fundo e o Gama. Questionado, o Ibram informa ao Radar que não sabe o endereço
corte no abastecimento d’água da Caesb que afeta mais de dois milhões de pessoas no Distrito Federal e impôs regras e punições a centenas de produtores rurais se forem pegos captando água irregular da bacia do Descoberto, não atinge uma propriedade privilegiada de 7,6 hectares pertencente a família Rollemberg.
O imóvel fica dentro da reserva de 1.143,82 hectares da Granja do Ipê, denominada Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie), criada pelo então governador José Aparecido no ano de 1987.
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram) e a Polícia Militar, órgãos responsáveis por realizar a fiscalização e aplicar sanções caso seja necessário, fecharam os olhos para o “Haras Vale da Esperança” onde os Rollemberg criam cavalos manga larga machador, ao invés de plantar hortaliças como a lei exige para os produtores rurais que se estabeleceram na região da Granja do Ipê.
Em 2014, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), constatou por meio de um laudo técnico, a existência de graves irregularidades na propriedade da família do governador. O relatório apontou que, nos fundos da propriedade, foi feito uma barragem de cimento próximo a uma das nascentes do Córrego Ipê Coqueiros, impedindo o curso da água, que chegaria ao Lago Paranoá.
No local, foi feito bicas para refrescar os animais e piscinas de águas naturais que serve para o lazer da família. O governador que bota trator para derrubar casas de moradores acusando-os de invasores de áreas públicas age de forma diferente no caso do Vale da Esperança, que segundo laudos do Ibram comete crime ambiental e ainda ocupa um puxadinho que serve como pastos para os cavalos.
O Radar enviou alguns questionamentos sobre o caso ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que no ano passado acusou os moradores da orla do Lago Sul de ladrões de água do Lago Paranoá, mas o órgão disse não saber onde fica o endereço da propriedade pertencente aos familiares do governador de Brasília. Então tá!
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