Por Leandro da Silveira Martins
Pelo menos cerca de 500 candidatos ligados aos partidos nanicos, e até mesmo a partidos médios, que formam a coligação do Governador Agnelo Queiroz, ameaçam debandar ou não pedir votos para o atual Governador e candidato a reeleição pelo PT.
Eles se sentem humilhados e abandonados à própria sorte, até mesmo pelos presidentes de seus respectivos Partidos. A rebeldia dos candidatos está no fato de, até agora, o candidato Agnelo não ter aberto as torneiras para liberar o dinheiro que todos eles precisam para colocar as suas campanhas nas ruas.
Por Leandro da Silveira Martins
Pelo menos cerca de 500 candidatos ligados aos partidos nanicos, e até mesmo apartidos médios, que formam a coligação do Governador Agnelo Queiroz, ameaçam debandar ou não pedir votos para o atual Governador e candidato a reeleição pelo PT.
Eles se sentem humilhados e abandonados à própria sorte, até mesmo pelos presidentes de seus respectivos Partidos. A rebeldia dos candidatos está no fato de, até agora, o candidato Agnelo não ter aberto as torneiras para liberar o dinheiro que todos eles precisam para colocar as suas campanhas nas ruas.
Os candidatos comparam o candidato ao governo do Distrito Federal pelo PT como “mandacaru”, planta do sertão nordestino, que não dá sombra, nem encosto, só dá espinho.
A pouco menos de 60 dias para ocorrerem as eleições, a maioria não conseguiu dinheiro sequer para mandar confeccionar o famoso “santinho”. Nos tanques dos carros dos candidatos falta o combustível para alavancar a campanha.
Todos os dias os pedintes formam filas imensas no comitê de Agnelo, mas não conseguem ser atendidos pelo coordenador geral e tesoureiro Abdon Henrique.
O ex-presidente da TERRACAP não recebe ninguém, a não ser os nutridos candidatos petistas ou alguns robustos peemedebistas com bilhetinho de recomendação assinado por Filippelli. Abdon mandou reforçar a segurança na porta do seu gabinete com dez brutamontes. “Candidato oreia seca não entra”, costuma ordenar o “caixa forte” .
Lastimando-se da situação, muitos dos candidatos estão desistindo de suas candidaturas e se bandeando para outros projetos de oposição. Os que insistem em permanecer na coligação, são categóricos em afirmar que farão suas campanhas de forma independente, sem pedir votos para o candidato da coligação Respeito por Brasília .
“São os candidatos oreia seca, como eles pejorativamente nos chamam, que ajudam a eleger uma candidatura majoritária. Agnelo pode perder a eleição”, prevê um candidato do nanico PEN, que reclama estar sem cartaz, sem santinho e sem gasolina para correr atrás dos votos.
AGNELO E MAGELA VÃO GASTAR 100 MILHÕES DE REAIS NA CAMPANHA
Proporcionalmente, Agnelo Queiroz e Geraldo Magela, ambos do PT, pretendem gastar juntos em suas campanhas para Governador e para Senador, respectivamente, bem mais do que pretende gastar o candidato do PSDB Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.
Conforme declararam ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o atual governador do DF e o deputo federal Magela irão gastar até o limite de 100 milhões de reais. Já o candidato à reeleição Geraldo Alckmin declarou ao TRE que pretende gastar até 90 milhões de reais.
Os gastos dos petistas brasilienses serão estratosféricos se o análise for feito do ponto de vista da extensão territorial entre o tamanho do Distrito Federal e o tamanho do Estado e São Paulo em que os referidos candidatos terão que percorrerem para chegar ao eleitor.
O estado de São Paulo , o segundo mais populoso do Brasil, tem 645 municípios que ocupam uma área de 248.222,801 km, enquanto o minúsculo quadrilátero do DF que conta com 31 cidades administrativas consideradas como bairros, ocupa uma área de apenas 5.822,1 km², quase igual ao tamanho de Curitiba , capital paranaense.
Com 100 milhões de reais que Agnelo e Magela pretendem gastar em suas campanhas dariam para construir um hospital público totalmente equipado no Jardim Botânico, cidade de 200 mil habitantes, e pelo menos 100 creches para 250 crianças de todo o DF.
As perguntas que não querem calar são: de onde os dois políticos estão tirando tanto dinheiro para fazer a campanha mais rica do Brasil? Quantos anos os dois irão levar, caso sejam eleitos, para pagar os 100 milhões de reais? São coisas para os eleitores refletirem.