Depois de duas tentativas de suspensão judiciais; de urnas que não funcionaram; de nomes de eleitores que não constavam na lista de votação; dos fortes indícios de favorecimento encontrados pelo Tribunal de Conta do DF que apontam direcionamento de licitação a Fundação Getulio Vargas (organizadora do certamente) e a demora na apuração dos votos, o pleito para a escolha dos 200 conselheiros tutelares do DF, ocorrido neste domingo, segue sob o manto da suspeita e com uma penca de processos tramitando na justiça que visam anular tudo.
A Fundação Getulio Vargas publicou edital que lhe dar o estranho direito de concluí os trabalhos de apuração dos votos até o próximo dia 26, pesar de a votação ter sido pelo processo eletrônico, cujo resultado poderia sair em apenas duas horas.
Antes, a coordenadora da comissão, Andrecinda Pina, havia declarado que os resultados dos eleitos seriam divulgados a partir de 22h deste domingo, mais não foi o que ocorreu. A contagem dos votos começou depois da meia noite após rolar clima tenso e inicio de tumulto o que levou os organizadores optarem pela presença da Policia Militar no Estádio Nilson Nelson, local da apuração das 1,6 mil urnas que foram disponibilizadas em 21 pontos de votação em todo o DF.
Vencidos pelo cansaço muitos fiscais e candidatos que se concentraram logo depois do encerramento da eleição no Ginásio Nilson Nelson, foram embora. No decorrer do dia muitas queixas foram feitas, inclusive na Policia, pela falta de informações nos pontos de votação.
Milhares de eleitores deixaram de votar por não encontrem seus nomes na lista de votação. Ao Radar um representante da Fundação Getulio Vargas se defende e diz que FGV usou a listagem de eleitores cadastrados no Tribunal Regional Eleitoral.
Houve também reclamações por parte de fiscais de que não houve a zerésima de muitas urnas, processo que é feito antes de receber o primeiro voto do eleitor. O processo ocorre da seguinte forma: o presidente da mesa receptora de votos liga a máquina na presença dos mesários e fiscais. Quando ligada, o sistema emitirá o relatório chamado “zerésima”, que traz toda a identificação daquela urna e comprova que nela estão registrados todos os candidatos e que nenhum deles computa voto, ou seja, a urna tem zero voto.
A bagaça que se transformou o processo de escolha dos 200 candidatos a conselhos tutelares e seus 400 suplentes do Distrito Federal foi minimizado pelo governador Rodrigo Rollemberg que votou sem problemas em uma escola da Asa Sul. Sobre as mais de 300 liminares impetradas na justiça e as três decisões de suspensão do pleito, Rollemberg classificou como algo natural dos concursos onde as pessoas que se sentem prejudicadas recorrem ao Judiciário.
A Secretaria da Criança divulgou, nesta segunda-feira (10), uma lista preliminar com o resultado das eleições. Segundo a pasta, o resultado é parcial porque, durante a votação, 18 das 1,6 mil urnas apresentaram defeito e foram substituídas por urnas de papel.
CONFIRA O RESULTADO PARCIAL AQUI.
Da Redação Radar