O trágico natal de pobres famílias do Sol Nascente começou de forma antecipada nesta quinta-feira com a derrubada de 200 casas pelos tratores da Agefis cujas operações se estenderá até sexta-feira (27). A previsão do Governo de Brasília é botar no chão cerca de 1.500 casas até o final deste ano para que no local seja construído 2 mil unidades habitacionais por meio de parceria publico privada. O GDF precisa da área limpa para entregar como contrapartida no contrato.
s famílias foram assentadas no local no governo passado. Mais agora, o atual governo quer a área para construir casas pelo programa “Pró-Moradia”. O governo alega que as casas que estão sendo demolidas foram construídas a partir de julho de 2014, período eleitoral em que o ex-governador Agnelo Queiroz teria afrouxado na fiscalização para que as pessoas construíssem em troca do voto.
“Nós estamos retirando uma ocupação recente, que foi feita nos últimos meses do governo passado, para poder implantar obras de infraestrutura de drenagem, pavimentação para fazer a instalação de lotes institucionais”, disse nesta quinta-feira Bruna Pinheiro.
É fato que muitos desses políticos, a maioria com mandatos, foram beneficiados pelos vistas grosas do Estado que ao longo dos anos transforma o DF no maior problema fundiário de todos os tempos.
A atual presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, que hoje combate de forma implacável as ocupações permitidas no ano passado pelo GDF, também se beneficiou do que ela mesma classifica agora como um crime. Bruna é de carreira da Agefis e sempre ocupou cargos de destaques entre a presidência e a coordenação de fiscalização da autarquia. Para se manter no cargo, durante o governo passado, a atual presidente da Agefis fechou os olhos e se fez de morta.
Até sexta-feira, segundo a programação de derrubadas da Agefis, cerca de 800 pessoas serão jogadas ao desabrigo. Será um Natal na chuva e ao relento oferecido pelo governo socialista de Brasília. Quem sabe na próxima eleição essas famílias não possam voltar a ocupar um espaço permitido pelo GDF em troca de votos.
Da Redação Radar