Massificar a informação de que houve, sim, edição nos vídeos entregue por Durval Barbosa à justiça. Essa é a intenção da claque de defensores montada pelo ex-governador José Roberto Arruda.Um dossiê que supostamente comprova o conluio da própria justiça para incriminar o ex-governador tem chegado a algumas mãos importantes no Distrito Federal. Parte dessas informações já foi divulgada e inclui um laudo pericial contratado pela defesa dele transcrevendo diálogos que provam manipulação. Um vídeo – gravado em 23 de janeiro de 2015 – talvez tenha soado mais devastador nesse calhamaço de documentos. Primeiramente publicada no Blog do Callado, depois por Guardian DF e agora replicado por Radar.
Por Elton Santos/ Fonte: Guardian DF
redação do Guardian, também chegou uma espécie de carta de autor ainda desconhecido que pontua as incongruências do andamento do processo. Sob o título de “O estranho diálogo e suas incríveis revelações”, o texto ressalta uma das falas no vídeo de oito minutos entre promotores e um juiz no intervalo de um depoimento de Barbosa.
“No estranho dialogo os promotores falam claramente que as fitas do delator Durval Barbosa, que causaram uma enorme comoção ao serem exibidas no BRASIL inteiro na época do escândalo, são editadas, que algumas tem mais de uma versão, e que outras tem ate uma tarja preta para esconder trechos que não interessavam ao delator”, diz a carta.
A carta segue pondo em xeque a licitude do processo: “Ora, se as tais fitas são falsas, são editadas, e não servem como provas, isso explica porque só três anos depois de tirarem arruda do governo e que se fez a denuncia. E expõe a fragilidade da acusação”, questiona. E ainda faz comparações: “Imagina se algum delator da lava-jato apresenta como prova, fitas editadas. Será que o juiz (Sérgio) Moro aceitaria passivo mesmo assim a sua delação?”.
Embora impossível de comprovar a autoria da carta, sabe-se que é uma pessoa estritamente ligada ao grupo de Arruda. Isso porque com ela, veio também vários documentos de acesso restrito ao ex-governador e aos seus advogados.
História
Arruda foi içado de posto de mandante no DF em 2009, quando estourou a Operação Caixa de Pandora. No caso, o então Democrata foi considerado líder de uma organização criminosa que cooptava recursos de empresas. À época, ele gozava de índice alto de aprovação, o que segundo ele, teria provocado grupos políticos de oposição.
Veja o vídeo e a conclusão de um laudo pericial apontando diálogo indicando suposta edição nos vídeos entregue por Barbosa: