Se depender do deputado distrital Juarezão (PRTB), os milionários shows de vaquejadas no DF vão continuar sendo palco de torturas, até a morte, dos indefesos animais sob o camuflado manto da modalidade esportiva. O projeto de autoria do sádico distrital foi aprovado na última sessão da Câmara Legislativa, mas deve receber o veto acertado do governador Rollemberg.
Se depender do deputado distrital Juarezão (PRTB), os milionários shows de vaquejadas no DF vão continuar sendo palco de torturas, até a morte, dos indefesos animais sob o camuflado manto da modalidade esportiva. O projeto de autoria do sádico distrital foi aprovado na última sessão da Câmara Legislativa, mas deve receber o veto acertado do governador Rollemberg.
Cristiano Araújo (PTB) e Sandra Faraj (SDD), relatores do projeto da crueldade, não veem nenhum problema na aprovação da proposta ao julgarem como um “ato normal” torturar bois aflitos e enforcados até a morte. O Radar pergunta: Isso é moral? É ético? É aceitável para quem afirma ter evoluído?
É como se os deputados da Câmara Legislativa, já que não houve uma única manifestação contrária a imbecil proposta, fossem a favor também da mutilação genital feminina, em que o clitóris é arrancado da mulher e sua genitália é parcialmente costurada, como ocorrem em alguns países africanos e no Oriente Médio.
Os distritais deveriam saber que, em sentido contrário, a Constituição Federal nos temos do art. 225, § 1º, VII, incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
No inicio desse ano, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do TJDFT, concedeu liminar para suspender a disputa de uma vaquejada no Parque Vaquejada Maria Luiza, em Planaltina, no Distrito Federal. A decisão também determinou a proibição de outros eventos semelhantes no local, sob pena de multa de R$ 1 milhão, caso haja descumprimento.
O infame projeto de lei do deputado Juarezão ( flagrado pedindo no Buriti para dividi o bolo), tem que ser vetado pelo governador Rodrigo Rollemberg. Nesta terça-feira (27), a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) se colocaram contrários ao Projeto de Lei 225/2015, que reconhece a vaquejada como modalidade esportiva no Distrito Federal.
Os órgãos apresentaram a Câmara Legislativa, parecer técnico em que analisa as implicações éticas e legais de eventos que abusam dos animais com prática de maus-tratos.
“Não é possível reconhecer a atividade como modalidade esportiva ou regulamentá-la com a justificativa, apresentada pelo autor do projeto, de proteção da saúde e integridade física dos animais em todas as etapas do evento”, afirma o parecer.
Uso de objetos pontiagudos, choques, golpes e marretadas são algumas das práticas utilizadas nos bastidores destes eventos para forçar os animais a fazerem acrobacias. “As provas realizadas na vaquejada e eventos similares ferem o princípio constitucional de proteção ao meio ambiente, por provocar danos aos animais, abusar, molestar e causar prejuízos físicos e mentais”, afirmou Mara Moscoso, coordenadora de Direitos Animais da Sema. Cabe Rollemberg fazer pelo menos uma coisa boa: vetar o projeto da crueldade do distrital Juarezão.
Da Redação Radar