O governador Rodrigo Rollemberg, em nome do sacrifício que irá impor a população do Distrito Federal com novos aumentos de impostos, anunciou que vai cortar 20% do salário que recebe, como gesto de sacrifício que, segundo ele, todos terão que fazer em benefício de Brasília. Dos R$ 23.449,55 que ganha, o seu salário cairá para R$ 18.759,64.
Rodrigo Sobral Rollemberg só não abrirá mãos das caras mordomias bancadas pelo erário a exemplo dos voos diários de helicóptero ao custo de R$3.2 mil por cada hora de deslocamento.
Também não deixará a mordomia que tem dentro da luxuosa Casa Oficial de Águas Clara que, nos últimos três meses, já torrou R$ 192 milhões com despesas de alimentação e manutenção da residência.
Para quem dizia no inicio do governo que não iria usar a Casa Oficial, chegando a criticar o seu antecessor por ter gastado R$ 1,750 milhão com as reformas, Rollemberg se deslumbrou com que viu e mudou de ideia com o novo aconchego.
Prefere despachar na arejada mansão de 20 mil metros, aparelhada com heliponto, piscina, campo de futebol, quadra de tênis, salão de festa e estúdio musical, além de uma capela para rezar e agradecer a boa vida que leva como rei do Cerrado.
Com a mesa farta o governador recebe secretários, administradores regionais, integrantes de conselhos no local e outras autoridades que gostam da boca livre. Menos o povo.
Outros mimos que acredita-se que Rodrigo Rollemberg não dispensará por causa da afamada crise são os benefícios bancados pelo Senado da República com senadores mesmo após deixarem seus mandatos.
Um ex- senadores como Rodrigo Rollemberg, que deixou o cargo no ano passado em troca do mandato de governador do Distrito federal, têm direito de R$ 32.958,12 por ano para cuidar da saúde.
Os senadores e ex-senadores podem ainda incluir o marido ou a mulher como beneficiário. A regalia só não vale para suplente que fica temporariamente no cargo. O Senado gasta com 310 ex-senadores R$ 9 milhões por ano que são pagos pela população, sem hospitais, sem regalias e agora sem salários.
Durante um encontro que teve com sindicalistas nesta segunda-feira (14) com representantes das 33 categorias, o Rollemberg disse que vai suspender os reajustes salariais. E repetiu contrito diante dos trabalhadores que deu até dó: “Eu não sou responsável por essa crise. Tentei evitar a suspensão dos reajustes, mas não tem saída”, disse ele. Então tá.
Da Redação Radar