Virou rotina nas vidas dos milhares de consumidores de água da Caesb que, mesmo ficando sem água por 24 horas por causa do racionamento, terão que tomar banho com a água suja que sai das torneiras com o retorno do produto
consumidor que não deseja beber ou tomar banho com água suja de barro que sai das torneiras com o retorno do líquido nos canos por causa do racionamento terá que deixar por horas a agua jorrando até que mude para a coloração normal. O desperdício de centenas de litros escorrendo para o ralo não sairá de graça para o consumidor que terá que pagar a conta no final do mês.
A história da crise hídrica, contada pelo governo Rollemberg, de que a culpa é da população que mora nas invasões, já não convence mais. Há mais de 20 anos governos foram alertados para a escassez de água no DF.
A obra de Corumbá iniciada pelo então governador Joaquim Roriz, se fosse levada a sério, salvaria o DF da crise hídrica por 50 anos. Mas os governos seguintes ignoraram o projeto e a obra foi ficando esquecida.
Na semana passada, em discurso na tribuna, o senador Antônio Reguffe criticou o fato de o governo Rollemberg não ter proposto uma política educacional e preventiva para evitar a escassez de água em Brasília, apesar de ter sido alertado previamente.
Com a voraz intenção de vender a história da terra arrasada desde que assumiu o governo para arrecadar, Rollemberg deixou de informar a população que, no DF, quem economiza água tem desconto na conta.
A lei é de Reguffe quando ainda era deputado distrital, em 2009. A Lei concede um bônus-desconto na conta de água no valor de 20% sobre a economia realizada, tomando-se como base o mesmo mês do ano anterior.
Há mais de um ano GDF assinou contrato com uma empresa ganhadora da licitação para a construção da primeira estação elevatória no DF. A nova etapa de Corumbá 4 foi licitada com recurso proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, repassado ao Executivo local. A previsão é que essa fase seria concluída em dois anos, quando todo o sistema ficaria pronto.
Entretanto, a captação na usina continua mais uma promessa do que uma realidade. Mesmo com mais de 12 anos entre a elaboração do projeto e a execução, somente 60% da obra está concluída. A corrupção, a má gestão e as várias licitações dilatam prazos e, mais uma vez, não é possível prever o início da operação de abastecimento.
Estima-se que o valor do investimento tenha aumentado em mais de 35% do previsto inicialmente entre as idas e vindas do projeto. A previsão atual de gasto é de R$ 550 milhões. Enquanto isso a população do DF paga caro para consumir vento e água podre produzida pela CAESB.
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