Cerca de 22 mil servidores técnicos da área de saúde do DF, vão continuar sendo caloteado pelo governo Rollemberg que se recusa a pagar a Gratificação de Apoio Técnico Administrativo (GATA). Mesmo tendo a Câmara Legislativa apresentado uma emenda na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aportando recursos de R$ 80 milhões para execução do pagamento da gratificação e R$ 20 milhões para a Isonomia dos servidores, no entanto o governo vai vetar tudo
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O governador Rodrigo Rollemberg, está decidido a enterrar de vez, pelo menos até o seu último dia no Buriti, uma antiga reivindicação dos mais de 22 mil servidores, entre técnicos de laboratórios, técnicos de enfermagem e técnicos administrativos da pasta da saúde.
Rollemberg resolveu desafiar a tudo e a todos.
No início deste mês de junho, o governo socialista se fez de mudo e surdo a uma exigência do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que determinou que as secretarias de Saúde e de Planejamento apresentasse, em 15 dias, esclarecimentos sobre a incorporação da Gratificação.
Na última quinta-feira (28/06), o governador torceu o nariz para a medida coletiva, tomada pelos deputados Júlio Cesar, Wellington Luiz, Raimundo Ribeiro, Celina Leão, Bispo Renato e Joe Valle, que assegurou na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), recursos de R$ 80 milhões para execução da GATA e R$ 20 milhões para a Isonomia.
Em 2015, antes de ser eleito governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, em uma roda de “conversas fiadas pra boi dormir” garantiu aos trabalhadores da saúde, pagar a última parcela do reajuste salarial às 32 categorias, e se comprometeu também pagar as gratificações e isonomia dos servidores da saúde.
Tão logo chegou ao poder em 2015, Rollemberg deu calote geral nos servidores e criou birra contra o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito (Sindsaude), dirigido pela sindicalista Marli Rodrigues.
O benefício da gratificação já deveria estar sendo pago desde 2015, quando as leis passaram a ser vigentes.
Disposto a vencer mais essa batalha, o Sindsaúde se colocou em campo, conseguindo que o deputado Júlio Cesar, acompanhado dos seus colegas Raimundo Ribeiro, Wellington Luiz, Celina Leão, Bispo Renato e Joe Valle fossem os autores da emenda que acaba de vez com as desculpas esfarrapadas do governo e do judiciário de que “não há dinheiro e nem orçamento”.
Fontes do próprio governo asseguram que Rollemberg vai vetar as emendas para desmoralizar o Poder Legislativo e continuar afrontando os servidores da saúde, mesmo que nenhum deles vote a favor de sua reeleição no pleito de outubro próximo.
O governador dá o tom de que não precisa dos servidores para ser reeleito e dirigir o DF por mais quatro anos.
Para o deputado Júlio César a Câmara Legislativa cumpriu o seu papel, criando mecanismos para que os pagamentos sejam realizados.
“Reconhecer o trabalho dos servidores públicos, nesse caso, os da saúde é questão de justiça. Eles trabalham em condições desumanas e, ainda assim, fazem a diferença para melhor, nos serviços que prestam!”, justifica o Deputado Júlio César.
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