Oficialmente, até agora, não se sabe o valor da multa a um bar de Planaltina que fechou a Quadra 3 da cidade para promover uma festa em comemoração ao bicampeonato do Flamengo no Brasileirão”.
A partida contra o São Paulo ocorreu ontem a noite (25/02) no Morumbi.
A pergunta é: quanto custa um leito de UTI ocupado por um paciente de covid?
Resposta: Uma diária para manter um único paciente grave na rede pública do DF, beira a R$ 8 mil.
De acordo com os técnicos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, ouvidos pelo RadarDF, para que os leitos de UTI sejam mantidos funcionando, são necessários um médico, um enfermeiro e um fisioterapeuta, além de cinco técnicos de enfermagem por turno, sendo um para cada dois pacientes.
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Ainda são necessários: 1 ventilador mecânico montado (com duas válvulas – uma de ar comprimido e uma de oxigênio), 1 monitor multiparamétrico (com cabos e manguito), 1 cama, 4 bombas de infusão com sensores, 1 ambu, 1 frasco de aspiração, 1 fluxômetro de oxigênio e 1 suporte de soro.
Estudos apontam que um único infectado com covid-19 pode transmitir o vírus, dependendo do local em que ele se encontre, para dezenas de pessoas reunidas em apenas um lugar.
As imagens das super aglomerações em bares registradas na noite de ontem em vários pontos do DF, revelam a falta de compromisso no combate a pandemia que já matou 4.805 pessoas e que nas últimas 24 horas provocaram 14 mortes e 1.068 novas infecções.
Ao todo, 251.498 brasileiros morreram no país em decorrência da infecção pelo novo coronavírus.
Horas antes do jogo entre Flamengo e São Paulo, que marcou a final do Brasileirão, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou o fechamento de atividades não essenciais, das 20h às 5h, a partir de segunda-feira (1).
A decisão visa tirar as pessoas das ruas, durante a noite, na tentativa de diminuir a sobrecarga do sistema de saúde do DF que já está com 92% de UTIs ocupadas, e com um crescimento da média móvel de mortes por Covid-19 em 8,5%.
O decreto do lockdown também coloca servidores públicos em trabalho remoto, menos os que trabalham no sistema de saúde por estarem vacinados.
Os efeitos sentidos hoje, segundo as autoridades sanitárias do DF, são advindos das festas clandestinas de final de ano e do carnaval igualmente cancelado.
Com tanta gente perambulando e se divertindo nas baladas do Distrito Federal, principalmente em finais de semana, concorre ainda para outra situação tão grave quanto o aumento de infectados.
As UTIs ocupadas por pacientes de covid, faltam para os atropelados, pacientes com traumas e vítimas de violência, bem como outros agravamentos.
Nas primeiras medidas de restrições, decretadas no início da pandemia em março do ano passado, grande parte da população colaborou ficando em casa.
Agora, as mesmas medidas parecem caminhar para a banalização.
Tem até mesmo alguns políticos que usam as redes sociais, para criticar a medida do governador. Esses torcem pelo “quanto pior, melhor”.
De covid ou sem covid, muita gente ainda irá morrer por falta de um leito nos hospitais caso não haja conscientização e os cuidados que devem ser tomados.
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