Uma fonte bem situada dentro da Agencia de Fiscalização informou ao Radar que a presidente do órgão, Bruna Pinheiro, teria desabafado durante uma reunião com diretores de departamentos da Agefis, que não está nem um pouco preocupada com o que ela teria classificado de “oba, oba” dos deputados distrais que fizeram duros discursos contra as ações do órgão na cidade de Vicente Pires e que pediram a sua cabeça ao governador Rodrigo Rollemberg.
A presidente da Agefis motivou os subordinados com a garantia de não deixar o cargo e garantiu ainda que a agenda de demolições vai continuar dentro de Vicente Pires, Jardim Botânico e que todos os imóveis e puxadinhos de luxo do endinheirados do Lago Sul serão colocados ao chão. Bruna afirmou ter o apoio total do governador Rodrigo Rollemberg.
Nos últimos três dias a presidente da Agefis tem recebido efusivos elogios e solidariedade de muitos setores do governo Rollemberg. A Casa Civil mandou abrir o caixa para pagar dividas atrasadas e irrigar a “imprensa vendida” de Brasília para transformar os moradores que tiveram suas casas demolidas na Chácara 200 em “invasores contumazes”.
Uma rádio que “repete notícias” da cidade disse não ter visto nenhum massacre em Vicente Pires e que os moradores que tiveram suas casas derrubadas pelo governo estavam ilegalmente ocupando uma área para a construção de equipamentos públicos. Apesar da tendenciosa defesa, não foi dito que o GDF emitiu documentos precários que permitiram as construções de casas na Chácara 200.
Bruna Pinheiro de boba não tem nada. Mandou um grupo de fiscais fazer a contrapressão ao deputado Rodrigo Delmasso que em duro pronunciamento apontou que o órgão havia se transformado em um antro de corrupção e da propina. Por isso, Delmasso pediu o fim da Agefis. O grupo de funcionários exigiu uma retratação publica por parte do deputado. O Radar não apurou se Delmasso vai desdizer ou não o que disse sobre a Agefis.
Há também a informação de que Bruna Pinheiro tomou posição de não comparecer em nenhuma audiência pública programada pela Câmara Legislativa, o que não é nenhuma novidade já que nunca compareceu nem mesmo coercitivamente.
Nesta quinta-feira (13), haverá duas dessas audiências públicas da CLDF. A primeira ocorre às 15 horas na própria Câmara Legislativa para debater sobre os fatos violentos ocorridos em Vicente Pires. Os deputados querem que sejam estancadas as operações de derrubadas até que se encontre uma solução sobre o que o GDF diz serem áreas publicas.
No período da noite, a partir das 19 horas, também desta quinta-feira, ocorre a audiência pública no Jardim Botânico, cujo evento se dará no condomínio Solar de Brasília. A pauta vai girar em torno da regularização dos condomínios e a audiência pública será presidida pelo deputado Rodrigo Delmasso que comprou a briga contra a Agefis.
Entre os representantes do governo, Bruna Pinheiro foi convidada para explicar sobre as operações de derrubadas que estão sendo programada para a região. A reunião pode ser tensa já que a comunidade não aceita as derrubadas nos condomínios em processo de regularização, como também não aceita que a cidade do Jardim Botânico continue abandonada e sem administrador, situação imposta por Rollemberg desde o inicio de seu governo.
Da Redação Radar/ Whatsapp 9860-4835