Mais de 200 milhões de brasileiros, não importando idade, sexo, credo ou ideologia estarão vivendo nesta quarta-feira, 11 de maio de 2016, um novo momento histórico e político do país que será decidido por 81 senadores que votarão contra e a favor do afastamento por 180 dias da presidente Dilma Rousseff da Presidência da República.
ara o jornalista Ricardo Noronha (foto), um dos coordenadores do Movimento Limpa Brasil, que levou para a Esplanada dos Ministérios milhares de brasilienses para pedir o afastamento da presidente, a grande diferença entre o impeachment de Collor e o de Dilma, é que 23 anos atrás a nação estava disposta a mudança de regime e tentava encontrar o rumo após a ditadura militar. Agora, segundo ainda Noronha, a luta travada por cada brasileiro é contra a corrupção que corrói diariamente as instituições e que trava o desenvolvimento economico.
“Hoje é dia de conquista e será comemorado por milhares de cidadãos nas ruas ou dentro de suas próprias casas”, disse um eufórico Ricardo Noronha ao estimar um grande público que ocupará a Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (11), para acompanhar de perto a votação do Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A partir das 9h, 81 senadores vão ao plenário para dizer se aceita ou não o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) que sugere a abertura de processo contra a mandatária do país. Se a maioria simples for obtida, Dilma será afastada por até 180 dias, enquanto a questão é julgada.
“Não tem mais volta, chiliques ou desespero de petistas que impeçam o afastamento da Dilma. Será uma grande vitória do povo contra um governo extremamente corrupto que se instalou na República e arrasou com a economia do país e com a autoestima do povo brasileiro”, disse ele ao Radar.
Noronha estima que uma ampla maioria dos 81 senadores deva votar pelo impeachment de Dilma e que Michel Temer terá dois anos pela frente para combater a inflação, o desemprego e melhorar a economia do país. “O Temer sabe da responsabilidade dele e do crédito que o povo está lhe dando, muito embora o seu partido, o PMDB, tenha muita culpa no cartório com vários de seus membros envolvidos em denúncias de corrupção apurada pela lava-jato. O PMDB não pode errar nesse momento de Michel Temer”, aponta Noronha.
O líder do Limpa Brasil no DF calcula que nesta quarta-feira não haverá a mesma quantidade de pessoas na Esplanada dos Ministérios como ocorreu no dia 17 de abril quando foi votado a admissibilidade do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados. “Desta vez acredito que vai ser diferente, até porque todo mundo já sabe que Dilma será afastada da presidência da República pela maioria dos votos dos senadores. Muita gente vai preferir ficar em casa para soltar foguetes com o resultado pelo impeachment”, prevê.
Noronha se agarra nessa hipótese por estar certo de que Dilma será afastada e depois obrigada a deixar de vez o cargo de presidente do Brasil. Isso está sendo possível, segundo ele, graças a força dos movimentos como Limpa Brasil, Vem Pra Rua, Brasil Livre que organizaram passeatas pacificas em todos os Estados brasileiros e que souberam cobrar com veemência dos políticos uma posição pró-impeachment.
“Sou crítico daqueles políticos demagogos como o senador Reguffe (DF) e Marina Silva (REDE) que saíram por aí pregando a realização de novas eleições. Defenderia a proposta do Reguffe se todos os políticos com mandato ficassem impedidos de participar como candidato. Claro, que nenhum deles e nem mesmo o Reguffe aceitaria” afirmou Ricardo Noronha.
Da Redação Radar