| Por Toni Duarte||RADAR-DF|
O trabalhador autônomo, José Silveira (35 anos), teve que retornar com o botijão vazio em cima de um carro de mão para casa por não ter dinheiro suficiente para comprar o gás em um posto de revenda em Sobradinho, cidade satélite do DF. Ele só tinha R$70 reais. O botijão cheio custava quase o dobro.
A situação de Silveira é a mesma dos milhares de brasilienses que formam filas em frente aos postos e começam a se preocupar com a falta de um dos produtos mais essenciais no dia-a-dia de uma casa. O gás é até mais importante do que a gasolina nas vidas dos milhares de brasileiros.
Desde o início do isolamento social preventivo ao novo coronavírus (covid-19), a população do DF vêm sendo refém de alguns revendedores e atravessadores de gás de cozinha cujo preço exorbitante chega em alguns pontos a R$ 120.
Os distribuidores dizem que a falta do gás no DF está ocorrendo por causa da grande procura e que tem muita gente estocando botijões em casa por causa da situação provocada pelo coronavírus.
A justificativa é inaceitável já que são poucos consumidores que mantém em casa apenas dois botijoes, um dos quais passa a maior parte do tempo vazio do que cheio.
A Petrobrás afirma em nota que não há falta de gás no DF, mesmo com a população, segundo a empresa, tendo aumentado o consumo por medo de desabastecimento.
Os órgãos de fiscalização do Distrito Federal tem que ouvir o clamor da população saqueada pela máfia do gás e exigir da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -ANP mais responsabilidade no abstecimento antes do estouro da boiada.