Só depois do apagar das luzes do governo passado foi que o “zeloso” Ministério Público do DF correu para acionar na justiça o então governador derrotado Agnelo Queiroz por ter deixado um rombo bilionário, algo em torno de R$ 5 bilhões nas contas, conforme aponta o processo 2014.01.1.196733-0 de improbidade administrativa que tramita na 1ª Vara de Fazenda Pública.
Esse mesmo Ministério Público só deverá tomar as providências em 2018, sobre o provável e impagável rombo gigante que recairá sob as costas dos aposentados e pensionistas do Distrito Federal, caso Rollemberg não se reeleja. Foi assim com Agnelo.
E nem precisa ser vidente para prever que isso pode ocorrer. O repasse bilionário de R$ 1,280 bilhão do Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal) começa a ser feito a partir desta quarta-feira (7).
Em nome da crise, reclamada por Rodrigo Rollemberg, em especial no que diz respeito ao depósito dos salários, serão retirados do Fundo, a cada 30 dias, cerca de R$ 240 milhões ate secar o pote.
A medida fez parte do pacote aprovado pela Câmara Legislativa no final do mês passado que incluiu ainda aumento de impostos. A sangria ao dinheiro dos servidores foi autorizada por 23 dos 24 deputados da CLDF. Apenas Wasny de Roure (PT) votou contra a utilização dos recursos.
Para pagar a dívida bilionária o Governo de Brasília deu como garantia algumas terras, consideradas por muitos como “moedas podres”, já que nem mesmo o GDF tem a titulação definitiva das áreas que diz ser de propriedade da Terracap dentro do conturbado quadrilátero fundiário do DF. Centenas de processos tramitam nas Varas de Justiça entre o GDF e particulares para definir sobre de quem é dono do quê.
O buraco bilionário a ser deixado para trás será grande, afirmam muitos analistas que tem parecer contrário do “assalto” ao cofre do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal, como alertou os auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Quem pode se dar mal na historia são os funcionários. O superávit de R$ 3,3 bilhões no caixa pode vira pó. Cerca de 60 mil aposentados e pensionistas podem ficar a ver navios.
Da Redação Radar