|Por Toni Duarte||RADAR-DF
A farta documentação enviada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios na última quarta-feira (05/03), é motivo de preocupação e desespero de uma penca de políticos, empresários e servidores públicos. Os documentos revelam que em quatro anos da gestão passada, a saúde e a educação do DF foram saqueadas cuja soma atinge mais de 2 bilhões de reais.
Ao provocar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios publicamente pela TV, no inicio da semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB), apontou a metralhadora para um esquema ilegal instalado no Poder Público pelos desastrosos governos do PT e do PSB.
Somente na gestão passada, as compras sem licitações e com contratos realizados sem coberturas, serviram para consolidar um rombo de mais de R$ 2 bilhões de reais na Educação e na Saúde.
Documentos revelam que há indícios de desvios de dinheiro público que serviu para “encher as burras” de uma penca de empresários e de políticos sequestradores do erário.
Os documentos enviados por Ibaneis ao MPDFT, comprovam danos aos cofres públicos ocorridos na gestão passada. A situação já havia sido alertada por meio de um Relatório Analítico e Projeto de Parecer Prévio, do Tribunal de Contas do DF (TCDF) em novembro de 2018.
O conselheiro-relator, Márcio Michel, ressalta no documento que “essa questão transita pela falta de transparência, da legalidade e do planejamento, colocando em xeque, inclusive, a economicidade dos valores despendidos”. Apesar disso, o TCDF aprovou todas as contas do governo anterior.
A documentação da bandalheira feita com o dinheiro da saúde e da educação, que atravessou a rua que separa o Buriti do Ministério Público, aponta que a gestão anterior aumentou as despesas das duas pastas sem cobertura contratual.
Em uma planilha de contratos sem cobertura da Secretaria de Saúde que o Radar-DF teve acesso, revela que em 2015, o governo anterior pagou R$ 160.411.088,22 milhões a empresas chamadas a prestarem serviços sem licitação.
No segundo ano de governo, a farra das compras ilegais subiu para R$ 502.472.768,99. Em 2017, o montante foi para R$ 505.171.168,63.
Em 2018, por causa do período eleitoral, o Governo do Distrito Federal desacelerou o esquema das compras que ficaram em R$247.669.100,93.
O esquema que acabou com a saúde, cujos efeitos continuam até hoje, fato que levou o governador Ibaneis Rocha a abrir a caixa preta e detonar tudo, ocorreu de forma mais acentuada na compra de alimentação, segurança e limpeza.
As denúncias que chegaram ao MPDFT, deixaram donos de empresas de segurança, limpeza e de alimentação do DF desesperados.
Oitivas serão realizadas pelo MP ouvindo servidores e ex-secretários de saúde. Tem muita gente graúda contratando advogados para não ter que devolver dinheiro obtido no esquema ilegal que arrebentou com a saúde pública do DF.
Desde o último dia 05, quando o governador detonou o esquema, o estoque de Lexotan e Rivotril tem diminuído consideravelmente nas farmácias do DF.
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