Tropas do Exército ocupam a partir de agora a Esplanada dos Ministérios em Brasília, após protesto que deixou prédios de várias pastas depredados.O presidente Michel Temer acionou nesta quarta-feira a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que as Forças Armadas façam a segurança no local. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, condenou a manifestação que pediu a saída do presidente, que segundo a Polícia Militar contou com a presença de 35 mil pessoas. De acordo com Jungmann, o presidente Michel Temer disse que é “inaceitável o descontrole” do ato.
decreto de Temer foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e estabelece que as tropas federais atuarão na capital por uma semana, até o dia 31. A área específica de atuação, no Distrito Federal, será delimitada pela Defesa.
A GLO é invocada, segundo a Defesa, quando há “esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem”. O dispositivo constitucional, que é de atribuição exclusiva do presidente da República, prevê que os militares podem, provisoriamente, atuar com poder de polícia.
O governo explica que emprego da GLO é diferente de autorizar a intervenção militar, o que acontecia na ditadura. Ele foi utilizado durante as Olimpíadas e a Copa do Mundo para garantir a segurança das pessoas no Distrito Federal.
— O senhor presidente faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna, que é inaceitável o descontrole e que ele não permitirá que atos como este venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições — declarou o ministro da Defesa, que não respondeu a perguntas de jornalistas nem revelou o contingente de agentes.
A decisão de usar militares para intervir na segurança foi tomada pelo presidente quando estava em reunião com os ministros Jungmann, Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).
O gabinete de monitoramento, integrado pelo GSI e pela Defesa, já vinha analisando os movimentos de manifestantes ao longo dos últimos dias, como a chegada de ônibus à capital. Desde ontem, porém, o gabinete se mudou para dentro do Palácio do Planalto.
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