Ninguém acredita nas promessas feitas pelo atual governo quando o assunto é condomínio. Mesmo assim, os milhares de moradores da região do Altiplano Leste, São Bartolomeu e do Jardim Botânico irão esperar ansiosamente até antes do dia 5 de outubro (data que ocorrem as eleições), pela liberação das licenças de instalação que autorizam aos condomínios fechados a construírem as infraestruturas que necessitam para melhorar a qualidade de vida de seus moradores.
Promessa, neste sentido, foi feita pelo vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), ao participar da sabatina ocorrida no sábado passado no Condomínio Estância Quintas da Alvorada. Ele convidou uma comissão de moradores para participar de uma reunião na TERRACAP, nesta terça-feira, para tratar do assunto.
Ninguém acredita nas promessas feitas pelo atual governo quando o assunto é condomínio. Mesmo assim, os milhares de moradores da região do Altiplano Leste, São Bartolomeu e do Jardim Botânico irão esperar ansiosamente até antes do dia 5 de outubro (data que ocorrem as eleições), pela liberação das licenças de instalação que autorizam aos condomínios fechados a construírem as infraestruturas que necessitam para melhorar a qualidade de vida de seus moradores.
Promessa, neste sentido, foi feita pelo vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), ao participar da sabatina ocorrida no sábado passado no Condomínio Estância Quintas da Alvorada. Ele convidou uma comissão de moradores para participar de uma reunião na TERRACAP, nesta terça-feira, para tratar do assunto.
Já estava praticamente decidido pelo comitê de campanha do PT que o governador e candidato a reeleição Agnelo Queiroz não compareceria na rodada de sabatinas que vêm sendo organizada pelos moradores de condomínio. O receio era de que Agnelo seria cobrado de forma dura pela promessa não cumprida feita em 2010. Coube a Filippelli ir para o paredão das cobranças disposto a ouvir tudo.
E não era pra menos. Quatro dias antes da sabatina os moradores dos condomínios Privê Morada Sul Etapa C e Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul ficaram aterrorizados diante do poder bélico autorizado pelo Governador Agnelo Queiroz em uma operação de derrubada de casas nos referidos condomínios.
A simulação da operação de guerra dentro dos condomínios em processo de regularização tinha apenas o objetivo de impor tortura psicológica contra os moradores sobressaltados. A mega operação foi formada por homens do BOPE, agentes de Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, bem como agentes da SEOPS e da AGEFIS.
Entre os principais equipamentos empregados, estava o blindado caveirão. A parafernália bélica despendida pelo GDF para tocar o terror psicológico contra os pacatos moradores de condomínios foi classificada como algo monstruoso praticado por um governo opressor e irresponsável.
A operação só foi suspensa depois que o ex-administrador do Lago Sul e candidato a Deputado Distrital Wander Azedo (PV) entrou em campo para negociar com o governo e conseguiu a garantia dada pelo Vice-Governador Tadeu Filippelli de suspender as operações contra os condomínios da região do Jardim Botânico, São Bartolomeu e Altiplano Leste.
Foi constrangedor para Tadeu Filippelli ter que ouvir a leitura de uma carta, há muito tempo batizada pelos moradores como a “carta da enganação”, em que Agnelo Queiroz, como candidato durante a campanha de 2010, jura que caso fosse eleito daria total prioridade à regularização dos condomínios fechados do DF.
Na carta, Agnelo pede os votos dos 600 mil moradores dos condomínios fechados. Nada do que foi escrito e assinado por Agnelo, que agora busca a sua reeleição, foi cumprido. Os moradores entregaram a carta da mentira a Tadeu Filippelli para que ele a devolva ao governador.
“Como podemos confiar em um governo que, em três anos e oito meses de mandato, não regularizou nenhum condomínio existente nas áreas especificas e passíveis de regularização? Como podemos confiar em um governo que trata os que adquiriram seus lotes de boa fé como grileiros invasores? Que governo é esse que usa o caveirão e todo o seu poder bélico para aterrorizar e praticar a tortura psicológica contra os moradores, tratando-os como bandidos perigosos?”
A sequência de questionamentos sem respostas foidirecionada a Filippelli. O Vice-Governador então pediu que lhe dissessem o que poderia ser feito para amenizar a situação. Wander Azevedo defendeu que o governo aplicasse a Lei 9.262/96, a qual estabelece a venda direta dos condomínios construídos em áreas públicas, no sentido de dar a segurança jurídica que tanto os moradores precisam para as suas moradias.
O advogado Mario Gilberto de Oliveira questionou o fato de nunca o GDF ter assinado a Licença Ambiental 108/2006, do Setor Habitacional São Bartolomeu, devidamente inserido na Lei 9.262/96, bem como no TAC/2007.
Ele destacou que o item 4.1 da lei 108/2006 observa as áreas licenciáveis do Setor Habitacional São Bartolomeu, conforme mapa anexo, que englobam os condomínios Estância Quintas da Alvorada (030.006.413/1995), Quintas da Alvorada Gleba 1 (01910191.00059/1998), Quintas da Alvorada Gleba 2 (0191.000.504/1998), Quintas da Alvorada Gleba 3 (0191.000.508/1998), Mansões Itaipu (0191.000.507/1998), Condomínio Ville de Montagne (0191.000.496/1998) e parte do Solar de Brasília (0190.000.289/2002), todos inseridos no Setor Habitacional São Bartolomeu. “Queremos apenas que o GDF cumpra as leis que estão aí”, disse o advogado.
Diante dos argumentos dos moradores, o Vice-Governador Tadeu Filippelli assumiu o compromisso de fazer com que as Licenças Ambientais do Setor Habitacional São Bartolomeu sejam devidamente assinadas antes da eleição. Apesar da promessa feita pelo político, que corre atrás de sua reeleição ao lado de Agnelo Queiroz, para os moradores, só vendo para crer.
