A Polícia Federal esteve nesta quarta-feira 12, no 10º andar do Palácio do Buriti, sede central do governo de Brasília. Aparentemente a missão surpresa da PF era de vasculhar os computadores da Secretaria de Planejamento em busca de documentação relacionada à construção do Centro Administrativo do GDF, uma vila fantasma que custou mais de R$ 1 bilhão, construída pela Odebrecht, empresa investigada pela lava jato. Bruna Pinheiro, atual presidente da Agefis, segundo documentos, foi à gestora do nebuloso contrato e “fechou os olhos” para uma coleção de irregularidades
ão há informações sobre o que foi colhido pela Policia Federal durante uma varredura nos computadores do gabinete de Leany Lemos, Secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, que funciona no 10º andar do Buriti, sede do governo de Brasilia.
No entanto, a investida da PF está ligada ao nebuloso caso da construção do Centro Administrativo do DF, que iniciou durante o governo Arruda e inaugurado na gestão Agnelo, o qual se tornou em um dos focos de investigação após a delação premiada de um dos executivos da Odebrecht feita na Lava Jato.
Pelo menos, os nomes de dois ex-governadores (Arruda e Agnelo) integram a lista do ministro Luiz Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), por terem seus nomes citados por delatores da Odebrecht. As supostas irregularidades se referem às obras do estádio Mané Garrincha, do novo Centro Administrativo, em Taguatinga, e do condomínio Jardins Mangueiral tem inquérito em andamento pela Justiça Federal no DF.
De acordo com informações, colhidas por Radar, a atual presidente da Agefis, Bruna Maria Pinheiro, foi designada em 2013 pelo então Secretário de Obras, Davi José de Matos, como gestora do contrato de Concessão Administrativa, firmada entre o GDF e o consórcio formado pela Odebrecht e Via Engenharia, ambas investigadas na operação Lava jato por envolvimento com esquema de corrupção. VEJA AQUI NO DIÁRIO OFICIAL DO DF
Antes, o então governador Agnelo Queiroz nomeou no dia 11 de janeiro de 2011, a atual presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, para o cargo de Subsecretário, da Subsecretaria de Acompanhamento, Controle e Fiscalização, da Secretaria de Estado de Obras do Distrito Federal.
A gestora Bruna Pinheiro fechou os olhos para as inúmeras irregularidades como superfaturamento da obra fantasma, falta de alvará e de habite-se do empreendimento e ausência mitigadoras dos impactos no trânsito da região.
Um privilégio que chegou a ser questionado pelo Ministério Público, por meio de uma ação civil pública em 2014, por encontrar mais de 20 irregularidades e pendências no contrato, que ao fim dos 22 anos, mesmo pagando R$ 22 milhões por mês, o GDF ainda teria que desembolsar cerca de R$ 6 bilhões pela estrutura.
Ainda sobre o Centro Administrativo, levantamentos estão sendo feitos desde a publicação do contrato em 2009, celebrado entre o Centrad Holding S.A e a Terracap até a última movimentação feita pelo Conselho Gestor de Parceria Público-Privado do governo Rollemberg.
Na última movimentação, ocorrida no mês passado, o CGP, presidido pela secretaria de Planejamento, Leany Lemos determinou a viabilidade da contratação de serviços de desmontagem, transportes e montagem de mobiliários e equipamentos de informática já existente e a contratação de mobiliários e equipamentos de informáticas para o Centro Administrativo.
VEJA AQUI TODA A HISTÓRIA DO CENTRO ADMINISTRATIVO (CENTRAD)
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