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Por Luiz Carlos Belém
Por Luiz Carlos Belém
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Fim do efeito Paulo Guedes provoca “queima” na política econômica do PT

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Entrando no décimo mês do governo Lula III, o previsto começa a acontecer de forma mais
visível. Em meus comentários desde o ano passado, alertei para uma catástrofe que poderia acontecer caso Paulo Guedes saísse do comando da Economia.

Não sou nenhum profeta e muito menos adivinho; um analista tem como base conhecer e enxergar a realidade dos fatos.

Um médico quando vai cuidar de um paciente ele se preocupa em prevenir e encontrar formas e fórmulas para ¨resolver¨ o problema, leva em consideração as consequências e qual o melhor protocolo. A vida do paciente tem que ser preservada.

O mesmo acontece com o engenheiro numa reforma e outros profissionais em suas respectivas áreas, o resultado tem que ser o melhor. Pode até ser difícil no início, mas o final tem que ser positivo.

Outro ponto que sempre observo é a total inoperância da Esquerda, nunca vi nenhum projeto econômico funcionar, seus princípios ferem o princípio da Economia, “Gerir para gerar recursos”. Essa aula seus gurus queimaram.

2500 anos antes de Cristo Abraão teve que sair de Canaã pois a fome tinha chegado, o mau trato à terra, não obedecendo ao ciclo de plantio, fez com que o solo deixasse de ser fértil.

A fome chegou e tiveram que ir para o Egito; tempos depois ficaram escravos dos egípcios. Como vemos com o povo hebreu e até os dias de hoje, a falta de planejamento e gestão provocaram muita dor, fato!

Canaã, hoje Israel, é um modelo de agricultura: recuperaram até o deserto! A dor foi o
melhor remédio para entenderem o que é preciso ser feito, sim, o que é PRECISO.

No Brasil de mais de 4.500 anos após Abraão, sendo um país de maioria cristã, onde
deveriam conhecer essa história, continuamos a cometer os mesmos erros, falta de
planejamento e ganância quando vemos resultado.

O atual governo herdou uma economia em crescimento, um país que estava se ajustando,
um panorama satisfatório.

A o assumir nesse cenário, o ministro que cursou 2 meses de Economia e não tinha em sua pasta (maleta) nenhum esboço de como ¨tocar¨ o país, começou a inventar e desconstruir o que estava sendo feito.

Lembro sempre que não estávamos num mar de rosas, mas os números mostravam que íamos no caminho certo. Chegamos a Outubro com um estoque de lambanças do governo e um rombo nunca antes visto na história desse país.

Paulo Guedes conseguiu aumentar a arrecadação mesmo reduzindo impostos, apertou as
contas do governo e isentou vários remédios e alimentos de tributação.

Ele enfrentou
oposição e resistência dentro do governo, mas os resultados eram visíveis. Cortes de gastos e um redimensionamento máquina faziam parte do projeto. As coisas estavam andando.

O atual governo, como todo governo populista de esquerda, não entende isso, pois como
mencionado anteriormente, um gestor que não entende da pasta só pode fazer duas coisas: errar sozinho ou errar obedecendo.

No nosso caso, foram as duas opções. Todos os dias o governo fala em aumentar impostos, retirar benefícios e criar formas de arrecadar (mais imposto).

É importante deixar bem claro que o aumento de impostos é para fechar as ¨contas¨ do governo, sim, bancar a inoperante e ineficiente máquina, ou seja, pagar pelo que NÃO se tem.

Países de primeiro mundo podem até ter uma carga alta, mas têm saúde, educação e
segurança de alto padrão assegurados pelo governo; no Brasil não observamos isso.

150 bilhões é o que será necessário arrecadar em 2024 para fechar as contas do governo,
isso é para funcionar as novas regras do arcabouço fiscal.

Em um país sério seria um crime, mas em um país que uma pessoa séria é apenas aquela que não sorri…

Ironias à parte, vejo que estamos ainda no início do caos. As benesses de Paulo Guedes
estão se esgotando, vamos entrar num período muito difícil, o desrespeito ao ciclo natural traz sérios prejuízos.

O povo Hebreu passou mais de 400 anos pagando pela sua irresponsabilidade, espero que não passemos tanto tempo assim.

*Luiz Carlos Belém é Economista, Consultor de Empresas e Comentarista Político-Econômico do RadarDF

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