Lago Sul, o bairro nobre onde moram os endinheirados de Brasília, lidera o ranking em roubo de energia elétrica, conhecido popularmente como “gato”, segundo um levantamento realizado pela Companhia Energética de Brasília (CEB).
Além do Lago Sul, outras regiões administrativas, como São Sebastião, Taguatinga, Guará, Gama, Brazlândia e Planaltina, também registram um crescimento do furto de energia elétrica.
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Juntas as referidas cidades causam um prejuízo que ultrapassam R$96 milhões por ano.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) tem reforçado o combate às ligações clandestinas espalhadas por todo o Distrito Federal.
A CEB assinou contrato de fiscalização com empresas terceirizadas e passou a atuar em campo, fazendo o levantamento de ligações clandestinas e fraudes em medidores de energia.
Ao todo, 22 equipes fazem esse trabalho desde o segundo semestre de 2020.
“Temos esse prejuízo de R$ 96 milhões, mas se considerarmos o que deixamos de arrecadar e o prejuízo causado pela sobrecarga na rede, temos mais R$ 50 milhões gastos com manutenção por ano”, explica Gustavo Alvares, diretor de Atendimento ao Cliente e Tecnologia da Informação da CEB.
A companhia também utiliza a tecnologia para identificar alterações no consumo das residências. Quando observam uma queda brusca no consumo, eles checam se houve algum problema, o que facilita a resolução.
Além da tecnologia, a CEB recebe denúncias pela Ouvidoria do GDF como forma de combater as ligações irregulares. Este trabalho de fiscalização é complementado por um acordo feito com a Polícia Civil.
Outra medida é a troca de medidores que estão marcando zero, seja por fraude ou problema no aparelho.
A empresa de energia já efetuou a troca de 40 mil unidades neste ano e deve chegar a 60 mil até dezembro, o que pode representar uma recuperação de R$ 7 milhões no faturamento.