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Diferente de São Sebastião, Jardim Botânico vai ficando para trás; falta administrador

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Desde o início do governo, já passaram pela Administração Regional do Jardim Botânico, cidade com mais de 70 mil habitantes, dois administradores. No DF, esse tipo de gestor possui igual prerrogativa de um prefeito.

O primeiro, João Carlos Lóssio, morador pioneiro da cidade, fez uma gestão conectada com a população.

Na época, síndicos e lideranças da região aplaudiram a escolha acertada do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Com as lideranças, Lóssio atuou como  peça importante na confecção do mapa geográfico da cidade moldurado no novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).

Também avançou, em muito, nas tratativas de regularização fundiária entre síndicos dos condomínios da região e o poder público.

Conseguiu implantar UBS (Unidade Básica de Saúde) no Mangueiral e no Tororó. “Fez um bom trabalho”, avaliam  as lideranças da cidade.

Lóssio saiu e entrou em cena Antônio de Pádua, indicação do deputado distrital evangélico Martins Machado(PRB).

No cargo, desde junho do ano passado, Antonio Pádua pouco mostrou, até agora, na opinião da maioria das lideranças comunitárias da cidade.

De acordo com as entidades representativas do Jardim Botânico, administrador que não corre atrás dos benefícios para a cidade fica sem eles. “Gestor de gabinete não se cria”, dizem alguns.

Apesar de contar com um projeto concluído, desde 2019, a feira do Jardim Botânico é a pior em estrutura entre todas as feiras das 33 cidades do DF.

A cidade condominial, que contribui pesadamente com impostos, não possui unidade de Corpos de Bombeiros, delegacia de polícia, escola pública, Batalhão da Polícia Militar e nem tão pouco uma feira decente para os seus moradores.

A pequena feira do produtor, funciona, precariamente, embaixo de um galpão improvisado, erguido pelos próprios feirantes há mais de 20 anos, antes mesmo da criação da administração regional criada em 01 de setembro de 2004.

Pelo andar da carruagem vai continuar assim se o administrador não se mexer. Essa é voz corrente na cidade.

Conforme apurou o RadarDF, a feira  não foi incluída no programa “Feira Legal”, que tem o objetivo de modernizar e legalizar os pontos de encontro que reúnem gastronomia, cultura, vestuário, entre outros segmentos, em um só estabelecimento.

O programa é da Secretaria das Cidades e executado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

Ao enxergar o que acontece em São Sebastião, cidade vizinha ao Jardim Botânico, a visão é de que lá, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo administrador, é bem melhor do que cá.

Alan Valim é um trator pra trabalhar.

Lá, a feira vai ganhar construção nova, tem entregas importantes para a comunidade  e os quiosqueiros da cidade trabalham tranquilos e licenciados.

Já no Jardim Botânico parece ter uma trava. Nada vai pra frente, a exemplo de um semáforo implantado há quase  dois anos pelo DER que nunca funcionou porque a CEB não liga. O cidadão é obrigado a atravessar a pista correndo riscos.

Os quiosqueiros do Jardim Botânico, entre eles do Jardins Mangueiral,  continuam na insegurança jurídica dos seus pequenos negócios e com medo das multas do DF Legal.

Falta iniciativa da Administração Regional para resolver a vida de quem quer trabalhar legalizado.

Centenas de moradores de condomínios localizados no final da Avenida do Sol,  são obrigados a caminharem pelo meio da pista estreita disputando o espaço com o movimento dos carros.

Isso porque faltam 300 metros de calçadas para que a obra de calçamento da Avenida do Sol, paralisada desde o ano passado, seja concluída.

No Setor Habitacional Tororó, o braço da administração regional chega ocasionalmente com roçagem básica a beira da DF 140. Só.

Estradas que levam as centenas de chácaras e condomínios do bairro são, na sua maioria, intrafegáveis. Apelos para melhoramentos não surtem efeitos.

Apesar de ter sido criado em 2002, o Tororó continua sendo um bairro esquecido e com pouca presença do poder público.

A população da região espera que a Rodovia Diogo Machado (DF-140) possa, finalmente, receber a sua duplicação. Uma esperança de valorização para o setor habitacional.

No mês passado, o Instituto Brasília Ambiental emitiu Licença Ambiental Simplificada (LAS) ao Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) para duplicação da rodovia.

O termo permite que sejam feitas terraplanagem, pavimentação, drenagem, sinalização, obras complementares e recuperação ambiental, no trecho de 14,8 km até a divisa com o ABC do Goiás. A outorga tem validade de dez anos.

Enquanto os moradores sonham com essa grande obra estruturante, ao mesmo tempo, se desvanecem com a Administração Regional.

Pouco adianta bater na porta do administrador. Pedido de manutenção de estradas essenciais de uso coletivo é carta fora do baralho. Uma lástima.

Como se vê, o Jardim Botânico continua seguindo fora do mapa das políticas públicas do GDF. Falta administrador que fale pela comunidade.

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