A Codeplan disponibilizou nesta quarta-feira (12), Dia Internacional da Juventude, dois estudos com foco nos jovens do Distrito Federal: um traça o perfil demográfico e o outro aborda a questão do jovem no mercado de trabalho.
Ambos são baseados na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2018 e podem ser acessados no site da Companhia (www.codeplan.df.gov.br).
O dia 12 de agosto foi definido pela ONU, em 1999, como Dia Internacional da Juventude, em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, no ano anterior.
O estudo “RETRATOS SOCIAIS DF 2018 – Perfil da população jovem do Distrito Federal”, revela, por exemplo, que residem 717.377 jovens no Distrito, o que corresponde a 25% da população total, proporção que se manteve estável nos últimos dez anos.
Resumidamende, este jovem pode ser descrito como negro (61,8%), solteiro (85,4%), residente em domicílio composto por casal com filhos (55,2%), com 59,6% dos jovens ocupando a posição de filhos.
Ainda, destaca-se, que 24% das jovens são mães e que as jovens trabalham, em média, 8,4 horas por semana a mais que os jovens do sexo masculino com atividades domésticas.
Segundo o estudo, esse é apenas o “perfil médio” dos jovens no Distrito Federal, pois há grande diversidade nos perfis de acordo com a renda média das Regiões Administrativas em que residem.
O trabalho integra o conjunto de análises temáticas realizadas a partir dos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018 e utiliza o conceito de juventude, de acordo com o do Estatuto da Juventude brasileiro, que define juventude como o período compreendido entre 15 e 29 anos.
Outros trabalhos da série “RETRATOS SOCIAIS” estão disponíveis também no site da Companhia e abordam temas como crianças, idosos, mulher e deficientes.
Mercado de Trabalho
O estudo Jovens no Mercado de Trabalho: um olhar a partir da PDAD 2018 teve por objetivo analisar a situação laboral dos jovens (15-29 anos) do Distrito Federal, comparando o perfil dos desocupados com o dos ocupados, além de estudar a inserção destes últimos ao mercado de trabalho.
Os resultados revelaram, por exemplo, que a taxa de desocupação dos jovens era 12,1 pontos percentuais, superior àquela observada para a população geral (26,2% contra 14,1%), com o contingente de desempregados concentrado nas regiões de Samambaia, Recanto das Emas e Ceilândia.
Os dados mostraram, ainda, que cerca de 60% dos desocupados não estudavam. Entretanto, esses jovens desocupados dedicaram mais tempo aos afazeres domésticos que os ocupados, sinalizando uma importante contribuição não pecuniária para a manutenção do domicílio.
Segundo os autores, com base nos resultados encontrados, “políticas públicas que fomentem a criação de empregos em regiões mais populosas e compatíveis com a qualificação destes jovens (menos experientes e com escolarização de nível médio) e o oferecimento de qualificação técnica alinhada com a demanda do setor produtivo podem ser promissoras para aliviar o desemprego desse público.