A superlotação dos presídios brasileiros com explosões violentas que já causaram muitas carnificinas por todo o país e que coloca em extremo perigo de vida aos agentes penitenciários de todo o país, não foi levada em conta pela comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência. Os agentes ficaram furiosos depois que o relator Arthur Maia (PPS-BA), privilegiou integrantes da Polícia Legislativa e retirou do texto da reforma da Previdência o destaque de aposentadoria especial para os agentes penitenciários. Por causa disso houve confronto e os deputados foram postos para correr
o momento da invasão, os parlamentares do colegiado discutiam destaques e emendas ao texto principal da reforma, aprovado horas antes pela comissão. Os agentes penitenciários protestam contra a exclusão da categoria das aposentadorias especiais, com direito a idade mínima menor, e já haviam tentado invadir o Congresso momento antes. Uma decisão do relator Arthur Maia (PPS-BA) na tarde desta quarta-feira excluiu o grupo das aposentadorias especiais, deixando a questão para o plenário da Câmara.
Poucos minutos depois do anúncio do acordo, se ouviu no plenário da comissão o som de bombas. Logo os agentes penitenciários que estavam do lado de fora em vigília para garantir a aprovação do destaque invadiram com fúria o recinto. Os policiais legislativos não conseguiram segurar o avanço dos manifestantes nem com o uso de spray de pimenta. Os agentes invadiram a comissão aos berros, pedindo o fim da sessão e acusando os parlamentares de os terem tratado como moleques. Ironicamente, os policiais legislativos já haviam sido contemplados com a aposentadoria especial negada aos manifestantes.
Pelo menos uma das bombas foi jogada dentro da Câmara. Os agentes ameaçaram tomar o plenário principal, mas foram contidos no início do túnel que dá acesso ao local. Durante toda a votação da proposta, era possível ouvir os gritos e os apitos do lado de fora da Câmara. Mesmo assim, a segurança na entrada não foi reforçada.
Muitos dos agentes penitenciário que conseguiram entrar no plenário da comissão especial faziam transmissões ao vivo via celular da invasão. Deputados da oposição, contrários à reforma da Previdência, aproveitaram e também fizeram transmissões ao vivo.
Quem presenciou o momento exato da invasão relata que havia apenas dois policiais legislativos guardando a entrada do anexo 2 da Câmara, onde ficam os plenários das comissões. A invasão foi rápida, mas o presidente da comissão especial, Carlos Marun (PMDB-MS), e o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), conseguiram ser retirados com segurança do plenário. As ameaças dos agentes penitenciários não se restringiram ao plenário da comissão. Eles prometeram parar o Brasil caso não consigam a aposentadoria especial.
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