Na tarde dessa quarta-feira (19), a Justiça deu o prazo de 24 horas para o Telegram repassar dados de grupos e de pessoas suspeitas de planejar ataques à escolas sob pena de suspender o serviço no Brasil.
Segundo a Polícia Federal (PF), o pedido foi feito “por motivo de segurança”. No entanto, a corporação alega que o Telegram estaria se recusando a passar dados e informações que ajudariam na identificação dos suspeitos.
O pedido foi deferido pela Justiça Federal. Na decisão, foi concedido ao Telegram o prazo de 24 horas para repassar os dados requeridos pela PF, após ser notificado.
As operadoras serão oficiadas de decisão que suspende as atividades do Telegram no país. As informações solicitadas são de grupos que estariam promovendo ódio e incentivando crianças a praticar atos violentos nas escolas, com apoio neonazistas.
O Ministério da Justiça aponta que 756 perfis em diferentes redes sociais foram retirados do ar por influenciar ou estimular ataques violentos nas escolas, após ataques em escolas de São Paulo e de Santa Catarina.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino explicou que, em 100 casos, houve pedido para que as redes preservassem o conteúdo desses perfis para abastecer investigações em andamento.
Na última terça (18), o presidente Lula se reuniu com ministros, governadores e chefes dos poderes Legislativo e Judiciário, no Palácio do Planalto, para criar um “Conselho da Federação” que possa enfrentar essa e outras questões em âmbito nacional.