A Volkswagen foi convocada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para dar explicações sobre responsabilização por violações de direitos humanos de trabalhadores durante a ditadura militar no Brasil.
Representantes da montadora deve comparecer à sede da Procuradoria-Geral do Trabalho na tarde de 14 de junho.
Segundo o MP, a empresa cometeu tráfico de pessoas em uma fazenda no Pará, entre as décadas de 1970 e 1980, além de empregar trabalho escravo.
LEIA MAIS Radar Político
“É no Congresso que a saúde do DF precisa ser defendida”, diz Marli
A televisão pública ARD e o jornal Süddeutsche Zeitung alemãs foi quem divulgaram reportagens relacionadas aos caso, neste fim de semana.
Em entrevista, a Volkswagen disse que “reforça seu compromisso de contribuir com as investigações envolvendo direitos humanos de forma muito séria”.
A empresa diz também que não comentará o assunto, até que tenha clareza sobre todas as alegações.
As violações incluíam falta de tratamento médico nos casos de malária, impedimento de saída da fazenda e alimentação precária.
Ainda há relatos de estupro como punição, tortura e violência por capatazes armados.
Ainda de acordo com o Ministério Público, os fatos teriam ocorrido na Fazenda Vale do Rio Cristalino, que é conhecida como Fazenda Volkswagen.
O local fica em Santana do Araguaia (PA), uma subsidiária da empresa.
O grupo formado para apurar o caso é liderado pelo procurador do Trabalho Rafael Garcia Rodrigues. Ele concluiu que é responsabilidade da Volkswagen as graves violações aos direitos humanos ocorridas dentro da fazenda.