A publicação feita pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, nas redes sociais, trouxe à tona mais uma vez o debate sobre a internação compulsória de usuários de drogas na cidade.
Segundo o prefeito, essa medida seria uma forma de prevenir crimes relacionados ao uso de drogas. No entanto, aqueles que trabalham na área de direitos humanos e saúde mental criticam essa proposta, alegando que ela não possui respaldo científico e legal.
Temporada de compras de fim do ano requer atenção dos consumidores
O número de usuários de drogas que perambulam pelas ruas do Rio de Janeiro e de outras grandes metrópoles do país tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Essa situação tem gerado preocupação na população e nas autoridades, que buscam soluções para lidar com essa questão complexa.
De acordo com Eduardo Paes, a internação compulsória seria uma forma de proteger tanto os usuários de drogas quanto a população em geral, pois eles estariam propensos a cometer crimes para sustentar o vício.
Lucio Costa, diretor do Instituto Desiderata, uma instituição que defende os direitos humanos e a saúde mental, condenou a proposta de internação compulsória feita pelo prefeito do Rio de Janeiro. Segundo ele, essa medida não possui respaldo científico e legal, além de ferir os princípios básicos dos direitos humanos.
Para os críticos da internação compulsória, é necessário investir em políticas públicas que enfoquem na prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários de drogas.
Isso envolve o acesso a serviços de saúde e assistência social, além do combate ao tráfico de drogas e à violência.
Argumenta-se também que a internação compulsória não trata as causas do vício e pode agravar ainda mais a situação dos usuários, além de violar seus direitos individuais.