O ASSUNTO É

Manaus pode viver uma nova onda de covi-19 contrariando imunidade de rebanho

Publicado em

A cidade de Manaus, no Amazonas, a maior da Amazônia brasileira, fechou bares e praias em rios para conter uma nova onda de casos de coronavírus.

LEIA MAIS

Setores do comércio, de serviços e da construção civil são os que mais empregam no DF

A tendência ameaça contrariar teorias de que a região seria um dos primeiros lugares do mundo ter alcançado a chamada imunidade de rebanho, quando grande parte de uma comunidade fica imune a uma doença e sua disseminação se torna menos provável.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sugeriram que a queda drástica de mortes por covid-19 em Manaus indicava a imunidade coletiva funcionando, mas eles também acreditam que os anticorpos da doença após a infecção podem não durar mais do que alguns meses.

Autoridades locais decidiram na sexta-feira proibir festas e outras reuniões de pessoas por 30 dias, restringindo também horários de restaurantes e shoppings, em um novo revés na cidade de 1,8 milhão de pessoas depois que o pior da pandemia parecia ter ficado para trás.

A cidade nunca impôs um lockdown completo. Negócios não-essenciais foram fechados, mas muitos simplesmente ignoraram as orientações de distanciamento social.

Em junho, as mortes caíram inesperadamente. Especialistas em saúde pública passaram então a questionar se tantos moradores haviam pegado o vírus que não havia mais ninguém para ser infectado.

Uma pesquisa publicada semana passada no medRxiv, um site que distribui artigos não públicos sobre saúde, estimou que entre 44% e 66% da população de Manaus havia sido infectada entre o auge da pandemia, em meados de maio, e agosto.

Autoridades alertaram moradores de Manaus que eles estavam ignorando o vírus e que havia o risco de uma segunda onda de contágio devido à ausência do uso de máscaras, bares lotados e festas.

Praias em rios de Manaus onde festas rave estavam sendo realizadas foram fechadas.

O estudo da Universidade de São Paulo afirmou que os anticorpos contra coronavírus parecem diminuir após apenas alguns meses, o que pode explicar o ressurgimento de casos em Manaus.

“Algo que ficou claro em nosso estudo —e que também está sendo mostrado por outros grupos – é que os anticorpos contra a SARS-CoV-2 decaem rapidamente meses depois da infecção”, disse uma das autoras do estudo, Leis Buss, em um comunicado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que acompanhou o artigo.

“Isso claramente está acontecendo em Manaus”, afirmou Buss.

Fonte: Reuters

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

Leia também

3ª edição Feira do Trabalho e do Campo agita Gama com atrações

Feira do Trabalho e do Campo movimenta o Gama com programação gratuita, empreendedorismo e valorização da agricultura familiar. Iniciativa fortalece a agricultura familiar, estimula o empreendedorismo e celebra o mês de aniversário da cidade.

Mais Radar

Governo lança consulta sobre fim da exigência de autoescola para CNH

Para modificar as regras de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação...

Produção de plástico reciclado no Brasil cresceu 8% em 2024

A produção nacional de plástico reciclado, tecnicamente chamado de resina plástica...

Programa de alimentação escolar brasileiro é referência

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foca na Constituição Federal...

Câmara aprova MP que cria programa Agora Tem Especialistas

A Medida Provisória (MP) 1301/25, que cria o Programa Agora Tem...

Brasil e mais 16 países assinam carta por transição energética justa

Uma carta conjunta em defesa da transição energética justa e equitativa...

Últimas do Radar

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.