A faca utilizada por Adélio Bispo de Oliveira no atentado ao presidente Jair Bolsonaro, durante ato em campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, irá compor o acervo do museu da Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília (DF). A decisão foi tomada pelo juiz Bruno Savino, responsável pelas ações do caso na 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).
A possibilidade de a peça ser destinada a um museu está prevista no Código Penal. Segundo a legislação, os instrumentos do crime, quando possuem valor histórico, podem ser recolhidos a um museu criminal, se houver interesse na sua conservação. É com base nesse entendimento que a faca vai se tornar parte do acervo da Polícia Federal.
Na decisão, Savino destacou que “não há dúvidas” quanto ao relevante valor histórico da faca utilizada no atentado contra Bolsonaro e, consequentemente, quanto ao interesse de sua conservação em prol da história política recente do país.
“O material representa não somente a violência sofrida pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, quando estava em pleno ato de campanha eleitoral, no exercício dos direitos políticos assegurados pela Constituição da República, mas, sobretudo simboliza, a partir de uma ótica mais ampla, a agressão cometida contra o próprio regime representativo e democrático de direito”, argumentou o magistrado.
A decisão de destinar a faca para o museu da Polícia Federal foi feita após um pedido da diretoria da Academia Nacional de Polícia, responsável pelo espaço. A corporação alega que o objeto foi apreendido e periciado em inquérito policial da PF e possui relevância para a história da instituição e do país.
Com informações de O Globo
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