O ASSUNTO É

FORÇAS ARMADAS FECHAM CERCO A BANDIDOS NO RIO DE JANEIRO

Publicado em

As operações de bloqueio realizadas no Rio pelas Forças Armadas e pelas polícias desde a noite de segunda-feira (19) têm, entre seus objetivos, a intenção de evitar que armas ilegais e foragidos deixem o Estado enquanto o decreto de intervenção é votado no Congresso e, na prática, ainda não está valendo

Os bloqueios ocorrem em três níveis: em rodovias nos limites do Estado, na periferia da capital (região do chamado Arco Metropolitano) e nos arredores de algumas favelas onde há forte presença do crime organizado. A seleção dos locais ocorreu com base em dados de inteligência, segundo apurou o UOL.

Por volta do meio-dia desta terça-feira (20), ainda não tinha divulgado um balanço das operações.

Neles, policiais militares, civis e rodoviários apoiados pelas Forças Armadas param e inspecionam veículos que deixam a capital em busca de armamentos e drogas.

Eles também tentam identificar suspeitos procurados pela polícia que estejam tentando fugir do Estado. As forças de segurança ainda não divulgaram informações de eventuais prisões ou apreensões. Um balanço deve ser divulgado ao final da operação.

A ação ocorre no momento em que o Congresso vota o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, assinado na última sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer (MDB). Na Madrugada desta terça-feira (20) a Câmara aprovou o decreto, que deve ser votado pelo Senado ainda hoje.

Segundo fontes militares ouvidas pela reportagem, embora a intervenção já esteja em vigor, enquanto ela não recebe o aval do Congresso, pode surgir uma sensação de que não está ocorrendo a todo vapor.

Em tese, esse momento poderia ser aproveitado pelo crime organizado para mover armamentos e efetivos.

“Eu arriscaria dizer que se ele [criminoso] ficar esperando para ver o que vai acontecer há uma grande chance de que, no fim do ano, no mínimo, ele não esteja mais solto”, disse um alto oficial do Exército que pediu para não ter o nome revelado.

Uma hipótese investigada pelas forças de segurança é que facções como o Comando Vermelho tentem intensificar suas operações na região dos Lagos do Rio e em outros Estados para tentar compensar as perdas que podem sofrer na capital.

Por isso, tentariam levar seus membros e equipamentos para essas regiões. Secretários de Segurança dos Estados vizinhos –Minas Gerais, Espírito Santo, e São Paulo– pediram na semana passada uma reunião com o ministro da Justiça Torquato Jardim para discutir os impactos da intervenção no Rio.

Eles disserem temer uma migração de membros do crime organizado para suas regiões. O encontro pode acontecer nesta semana.

Segundo o coronel do Exército Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, a operação de bloqueios tem caráter temporário, é flexível e deve voltar a ocorrer de surpresa em datas e locais diferentes.

Ele afirmou ao UOL que essa operação específica iniciada na noite de segunda-feira faz parte da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (ação federal que permite a atuação de militares no Rio) que está em vigor desde julho do ano passado.

Mas, segundo ele, por ocorrer nesse momento, também ajuda reprimir a eventual movimentação de armas enquanto o Congresso acaba de decidir sobre a intervenção.

Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, os bloqueios de rua têm um efeito prático na prisão de suspeitos e apreensão de armas, mas também atuam como elemento de dissuasão, para que os criminosos não tentem movimentar seus recursos neste momento.

Porém, se os criminosos decidem sair do Estado desarmado para adquiri novas armas no futuro, o trabalho das forças de segurança pode ser dificultado.

A operação iniciada na segunda-feira é a maior do gênero desde o estabelecimento da Operação de Garantia da Lei e da Ordem no Rio no ano passado.

Postado por Radar/ Fonte: Uol

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

Leia também

Museu de Arte terá atividades gratuitas para celebrar o aniversário da capital

O Museu de Arte de Brasília (MAB) preparou uma programação especial para comemorar os 65 anos de Brasília. O espaço oferece uma série de...

Mais Radar

Entenda a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) consolidou mais um passo para...

Prova nacional dos docentes (PND) tem edital previsto e adesões aumentam

Aguardado edital da Prova Nacional dos Docentes (PND), o CNU dos Professores, promete unificar o ingresso na educação pública. Secretarias como SME SP e SEED AP já aderiram, com provas práticas e formação no processo seletivo.

Mega-Sena 2.850 acumula e prêmio sobe para R$ 31 milhões

Ninguém acerta Mega-Sena 2.850 e prêmio acumula em R$ 31 milhões. Próximo sorteio será na quinta (10). 25 apostas levam R$ 100 mil cada, e 2.712 ganham R$ 1,3 mil.

Governo quer contratar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026

Com a nova linha do programa Minha Casa, Minha Vida, a...

AGU contesta decisão do TCU sobre sistema Sicobe no Supremo

A Receita Federal, via AGU, acionou o STF contra decisão do TCU que exige a volta do Sicobe, suspenso desde 2016. Alegam custo de R$ 1,8 bi/ano e aumento na arrecadação sem o sistema, de R$ 9,2 bi em 2016 para R$ 13,4 bi em 2024.

Últimas do Radar

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.