Após oito anos no poder, o governador Flávio Dino(PC do B), que se elegeu em 2014 com a promessa de acabar com a pobreza extrema, provocada pelos 40 anos de domínio da família Sarney, no Maranhão, largará para trás o Palácio dos Leões e as milhares de famílias maranhenses na extrema fome.
Dino se encontra no segundo mandato de governador e é candidato ao Senado nas eleições do próximo ano.
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Em reportagem publicada neste domingo (14), pelo portal Metrópoles, que traça uma radiografia da fome no país, provocada pela pandemia do novo coronavírus, traz como espelho o município de Pinheiro, terra natal do ex-presidente José Sarney, como berço da fome no Brasil.
Lá, de forma muito mais acentuada, as famílias disputam com os urubus resto de comida no lixão da mais importante cidade da baixada maranhense.
Após oito anos de governo, o comunista Flávio Dino não cumpriu a promessa que mais deu ênfase em seus discursos, que o levou ao Palácio dos Leões, em 2014, sede administrativa do governo: a de acabar com a extrema fome que ataca os maranhenses, a quase meio século, por culpa e obra dos sarneis.
No entanto, a maldita chaga que continua matando o povo de inanição, se revela, também, pela máxima culpa e obra do atual governante.
Há um entendimento de boa parte da classe política do Estado, que pobreza nas casas das milhares de famílias não começou devido à pandemia. Também ninguém nega que agora ficou pior.
Os frágeis programas governamentais criados para ajudar a abrandar o crescimento da miséria no estado não foram eficientes.
Dados de organizações internacionais, apontam que em 2019, quase 20% da população maranhense o que representa mais de 1 milhão de pessoas, vivia com renda mensal abaixo de R$ 145.
Já este ano de 2021, o retrato dantesco da fome atinge 66% da população no Maranhão, ou seja: mais de 4 milhões de pessoas.
Dados elaborados por especialistas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, junto como outros órgãos e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) demonstram uma situação agravada com a crise pandêmica no Maranhão.
O rapaz bem-nascido e bem-criado no berço de ouro da oligarquia maranhense, Flávio Dino, filho do ex-deputado Sávio Dino, da Arena, partido presidido por José Sarney, em 1974, já tem seu passaporte seguro para chagar ao Senado nas próximo eleições.
Mesmo com mais de 4 milhoes milhão de maranhenses, liderando o topo do ranking de brasileiros, vivendo na extrema pobreza e passando fome, analistas aliados afirmam que Dino não perde essa.
Se a fome derrotou o sarnaísmo no Maranhão, o dinísmo pode sucumbir na próxima eleição.