|Por Toni Duarte||RADAR-DF|
O ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta(DEM) perdeu totalmente o apoio dentro do governo Bolsonaro. A ala militar, por exemplo, avaliou que o ministro agiu com “covardia” ao criticar o presidente. Mandetta é acusado de estar usando a pandemia, provocada pelo Covid 19, como palanque político eleitoral, se aliando a opositores de Bolsonaro, com vistas as eleições de 2022.
O ministro da saúde, mais uma vez, pisou feio na bola com o governo do qual faz parte. Mandetta se recusou a participar, apesar de convidado, da entrevista coletiva oficial desta segunda-feira (13) no Palácio do Planalto onde seria feito um balanço dos números da pandemia no país.
ELE QUER SER PRESIDENTE! Mandetta se alia a Caiado e usa pandemia como palanque político
No sábado passado (11/04), Mandetta montou um QG dentro do Palácio das Esmeraldas, território do governador de Goiás Ronaldo Caiado, em Goiânia, para declarar guerra pública contra o seu chefe Jair Bolsonaro.
O tiro de Mandetta, ouvido em todo o país pela TV Globo na noite do último domingo, terminou saindo pela culatra. Mandetta cometeu dois erros graves na visão do governo Bolsonaro: “foi infiel e desleal”.
O balanço dos números sobre o Covid 19 foi feito sem a presença de um Mandetta envergonhado.
A ala militar do governo começou a rever o seu posicionamento após o episódio da entrevista do ministro da saúde.
Antes, essa mesma ala defendia a manutenção do ministro no Governo quando do primeiro ataque público que ele fez contra o presidente.
O vice-presidente General Mourão disse hoje, terça-feira (14): “O ministro cruzou a linha da bola. Ele não precisava dizer certas coisas”, afirmou.
Generais da linha de frente, que ocupam cargos importantes no governo, consideraram a entrevista de Mandetta como uma “forçação de barra” para ser demitido por Bolsonaro e posar para foto como herói no meio da opinião pública.
Sabendo disso a maioria é contra a demissão do ministro. O governo vai deixar que Mandetta peça para sair ou ficará como figura decorativa até passar a pandemia.