De acordo com informações não confirmadas publicamente, Ibaneis não disputaria um mandato de senador nas próximas eleições e permaneceria no Palácio do Buriti até o final do seu segundo mandato, que encerra no dia 1º janeiro de 2027.

Apesar da suposta decisão que rola nos bastidores, o governador Ibaneis vai trabalhar pesado para eleger a sua sucessora, a vice-governadora Celina Leão (PP).

Os bastidores da política brasiliense revelam que o governador Ibaneis Rocha não se vê com o perfil de legislador, apesar de ser um advogado experiente e conhecedor das leis.

Sua trajetória na gestão privada e seus resultados como gestor público fizeram com que ele conquistasse a aprovação da população, sendo considerado o governador mais bem avaliado da história do DF.

A possibilidade de Ibaneis ficar de fora da disputa tem despertado grande expectativa entre aqueles que almejam uma das duas cadeiras do Senado da República que estarão disponíveis para os candidatos do Distrito Federal em 2026.

Ao longo da história política do país, é comum que os governadores dos respectivos Estados federativos, busquem continuar na política se elegendo ao Senado.

No DF, só o ex-governador Joaquim Roriz (MDB) seguiu a regra ao se eleger senador em 2007 após o fim de seu mandato.

Políticos como Cristovam Buarque, Rodrigo Rollemberg, Paulo Octávio e José Roberto Arruda já ocuparam a posição de senador antes de serem eleitos governadores do Distrito Federal.

Essa tem sido a trajetória da maioria dos eleitos para o Senado desde 1987, quando o DF passou a ter representantes na Casa.

Caso Ibaneis Rocha permaneça no cargo até o final de seu mandato, a tendência é que essa tradição seja mantida.

Deputados federais como Rafael Prudente (MDB), Erika Kokay (PT), Bia Kicis (PL) e Reginaldo Veras (PV) se mostram empolgados com a possível não candidatura de Ibaneis à Senatória.

Os rumores também incentivaram os atuais senadores Leila do Vôlei (PDT) e Izalci Lucas (PSDB), a tentarem a reeleição. Sem Ibaneis a disputa ficaria mais fácil.

O atual cenário político pode sofrer alterações. O que é comentado hoje pode não se concretizar amanhã. As estratégias dos políticos estão sujeitas a mudanças.

*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF